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Daniel 9:24
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.

BONS ESTUDOS E NÃO ESQUEÇA DE BAIXAR O MAIOR NÚMERO DE ARQUIVOS QUE PUDER, LEIA, ESTUDE, MEDITE, ORE, CONGREGUE E SEJA CONSTANTE NA OBRA DO SENHOR!
MUITO OBRIGADO!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SIM ÀS ESCRITURAS, NÃO ÀS NOVAS REVELAÇÕES!

CESSAÇÃO

Introdução



Estou pregando sobre a cessação. Isso explica porque não falamos em línguas ou temos profetas na igreja. Talvez esteja propensos a pensar que essa é uma discussão que realmente não importa muito a vocês. Talvez pensam: "eu não quero falar em línguas mesmo". Mas eu acredito que vocês verão que esse é um problema fundamental e eu quero tentar enfatizar, as atuais e as verdades básicas fundamentais que estão envolvidas em tudo isso.



História

Se me permitem, contarei apenas uma breve história das coisas em nosso tempo. Quando eu era criança, havia pentecostais por toda parte e a maior parte deles reunia-se em grupos de vanguarda, estavam em uma espécie de orla das coisas. Então, era na década de 70, eu suponho, tivemos o que foi chamado de a "Renovação Carismática". Depois disso o pentecostalismo tornou-se a via principal, começou-se a introduzir as mais diferentes denominações. Quando isso ocorreu, os evangélicos - e por evangélicos eu quero dizer pessoas que declaram acreditar no Evangelho - tomaram um duro caminho, um impulso firme em direção oposta. Entretanto, nos anos seguintes e nos círculos altos (e vocês podem pensar que o que ocorreu nos círculos altos significa pouco para vocês, mas essas coisas têm uma maneira de se transferir para onde nós vivemos) o que aconteceu é que houve muitos pregadores e estudiosos, mesmo Batistas, que começaram a tomar esta posição: "Eu, eu mesmo", eles diriam, "não falo em línguas, não profetizo; eu não procuro isso. Mas eu acredito que isso ainda seja possível e, então, tomo uma aberta, mas cautelosa, aproximação com relação a esses assuntos". E esta idéia, eu acredito, é uma idéia perigosa.

Esclarecimentos Retratações

Agora, eu quero fazer algumas retratações. Primeiramente, não estamos negando a existência de dádivas espirituais presentes. Nós, como Batistas, acreditamos que o que induz a Igreja a operar como um corpo é o fato de ela mesma ter muitos membros e cada um desses membros ter uma dádiva espiritual ou habilidade que Deus lhes dá: você os coloca todos juntos e eles podem operar como um corpo.

Não estamos negando a atividade sobrenatural do Espírito Santo. O fato mais sobrenatural do mundo é a salvação. Vocês sabem que não há nada mais sobrenatural do que isso. Acredito que quando Deus salva um homem, sua boca pára de transmitir coisas imundas e mordazes e começa a dizer coisas que edificam e glorificam a Deus. Acredito que a transformação da salvação é um milagre maior do que falar em línguas no dia de Pentecostes. O Senhor Jesus teve que morrer para transformar as pessoas da maneira como a salvação os transforma.

Não estou dizendo que não há nada como a cura divina, há muita confusão em relação a isso. Sabe, as pessoas geralmente dizem: "Você, como um Batista, não acredita na cura divina". Nunca conheci um cristão evangélico de qualquer estirpe que não acreditou na cura divina. Todos os cristãos acreditam que devemos orar e que Deus pode curar, e cura, de acordo com Sua vontade. O que nós não acreditamos é que as dádivas de cura ainda estejam em operação. Essas duas são coisas diferentes. As pessoas falham em compreender isso.

Afirmações

O que estamos afirmando é, primeiramente, que não há apóstolos hoje. Isso significa que a missão apostólica foi temporária.
Em segundo lugar, estamos afirmando que há certas dádivas que são temporárias. Isso quer dizer que houve dons que estiveram nas igrejas apostólicas e não estão mais em operação. Acredito que vocês encontram uma lista deles no capítulo 12 da Primeira Epístola aos Coríntios, versículos de 8 a 10, e eu a lerei e farei apenas alguns comentários muito breves. Na Primeira Epístola aos Coríntios 12, versículo 8, o apóstolo Paulo diz: "Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência". Esses foram dons de revelação. Como Pedro poderia saber que Ananias e Safira estavam mentindo, a não ser que Deus revelou isso a ele? E vemos muitos exemplos de profetas tendo coisas mostradas a eles por meio da revelação divina. A passagem diz ainda: "e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé", e vocês poderiam dizer: "Bem, Irmão Ron, todos os cristãos têm fé". Está correto, e isso prova que essa era uma fé miraculosa, porque era uma fé que foi dada apenas a alguns. Diz-se: "e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé". Então se diz: "e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas". Desse modo, esses são nove dons, eu acredito, que não estão agindo nas igrejas hoje. Na verdade, acredito que eles não têm agido desde os tempos apostólicos.
Na pregação utilizarei alguns termos técnicos, mas eu os explicarei no momento em que os usar.
Conforme olhamos para todos esses fatos, nós os estamos tomando em relação a aquilo que chamamos sola scriptura. Essa é uma frase latina que significa "Apenas a Escritura Sagrada". Nós, como Batistas, dizemos que a Bíblia é o nosso único código de fé e prática. Desse modo, vocês não podem ter aqueles nove dons espirituais que eu acabei de ler e dizer que apenas a Escritura Sagrada é nossa fundação. Nós acreditamos em sola scriptura. Nós acreditamos apenas nas Escrituras Sagradas.

No Antigo Testamento, Deus falou várias vezes e de diversos modos

Eu quero começar dando uma história da revelação de Deus. Vejam o primeiro capítulo da Epístola aos Hebreus. Não apenas acreditamos em Deus, mas também acreditamos que Deus revelou-Se. Acreditamos que Deus fez-se conhecido pela raça humana, e temos a história disso aqui, no primeiro capítulo da Epístola aos Hebreus. O primeiro versículo do primeiro capítulo da Epístola aos Hebreus fala sobre o Antigo Testamento. Usaremos a palavra Cânone. A palavra Cânone significa o código da demonstração. O Cânone da Escritura Sagrada são aquelas escrituras que realmente são a Palavra de Deus. Assim, em Heb 1:1, temos a história da revelação do Antigo Testamento. Diz-se: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas". E, assim, Deus, no Antigo Testamento, falou de muitas maneiras diferentes e várias vezes. Ele falou por meio de Moisés. Falou para Abraão. Falou para Balaão por meio de uma jumenta. Usou tipos e figuras: o Tabernáculo e o sacerdócio. É isso que significa quando a Bíblia diz: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas". Desceu ao Monte Sinai e deu os Dez Mandamentos. Há muitas maneiras diferentes por meio das quais Deus falou no Antigo Testamento. Na verdade, Ele inspirou trinta e nove livros. Nós os chamamos de Antigo Testamento.

Assim, vindo o tempo de Malaquias, Deus inspirou Malaquias. Ele escreveu o Livro de Malaquias. Esse foi o fim do Antigo Testamento. Deus não falou novamente durante quatrocentos anos. Chamamos esse período de "quatrocentos anos silenciosos". Alguém disse que, quando Malaquias escreveu seu livro, Deus estava furioso, mais furioso do que Ele jamais esteve. E algum jovem pregador disse: "Por que isso?"; outro disse: "Ele não falou novamente durante quatrocentos anos!" Mas, notem: quando o Senhor terminou de inspirar o Antigo Testamento, não houve profeta até João Batista. Durante quatrocentos anos, Deus disse tudo o que Ele iria dizer. E Deus não disse outra palavra por quatrocentos anos.
Nestes últimos dias, Deus falou para nós por seu Filho

O segundo versículos do primeiro capítulo da Epístola aos Hebreus nos dá a revelação do Novo Testamento, que nós temos no Senhor Jesus Cristo. Deixem-me ler os versículos um e dois apenas para manter a continuidade: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo".

Eu quero chamar a atenção de vocês para um dos erros que eu ouço com freqüência. Pregadores irão levantar-se e dizer: "Nós estamos vivendo nos últimos dias". Realmente, nós estamos nos últimos dias há dois mil anos. Essa é uma expressão do Antigo Testamento. Observem, se vocês voltarem ao Antigo Testamento, os Judeus irão dizer: "Nos últimos dias, o messias surgirá". E assim a Bíblia diz: "falou-nos nestes últimos dias pelo Filho". Os últimos dias começam quando Jesus Cristo veio para o mundo. Desse modo, precisamos entender algo sobre os Judeus do Antigo Testamento. Eles não entendiam que os últimos dias envolviam duas vindas diferentes de Cristo: a primeira e a segunda. E assim, quando Jesus veio, pensaram que todos os nossos problemas estavam acabados. Isso explica porque Paulo diria que, nos últimos dias, tempos difíceis viriam, porque os Judeus pensavam desta maneira: "Homem, quando os últimos dias chegarem, será tudo bem". Mas Paulo disse: "Oh, não". Não, ele não estava falando apenas sobre um certo tempo no final de nossa era, estava falando sobre toda a conjunto desde Cristo até a Sua segunda vinda como os últimos dias. Ele diz isso quatro ou cinco vezes no Novo Testamento, e isso é feito muito claramente. João diz: "Nós sabemos que estes são os últimos dias porque muitos anti-Cristos saíram para o mundo". Desse modo, a Bíblia torna esse assunto muito claro.

Então, "Deus, que várias vezes, e de diversos modos, falou no tempo passado aos pais pelos profetas, falou a nós, nos últimos dias, por meio de seu Filho". A grande e final revelação de Deus é o Senhor Jesus Cristo. Ele é a Palavra, Ele é chamado de a Palavra em João 1:1. Ele é o grande profeta, o grande revelador da Vontade de Deus. Quando Deus mandou Seu Filho para o mundo, começaram os últimos dias e Deus nos deu uma revelação completa.

Deus mandou seu Filho ao mundo

Eu quero que vocês notem, particularmente, como Deus realizou essa revelação através de seu Filho. Olhem novamente ao segundo capítulo; Epístola aos Hebreus, capítulo 2, versículos 3 e 4. Paulo diz: "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação". Observem atentamente: "começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram". Notem o que o versículo diz: "depois confirmada pelos que a ouviram" (os apóstolos); "Testificando também Deus com eles," (aos apóstolos) "por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por Sua vontade?". Aqui está a verdade que vocês precisam de entender: no Antigo Testamento, Deus falou de diversos modos; Deus usou muitos profetas diferentes. No Novo Testamento, Deus mandou seu Filho para o mundo, mas Ele o cercou com os homens a que chamamos apóstolos; a Palavra começou a ser anunciada pelo Senhor e foi firmada entre nós por aqueles que os ouviram (os apóstolos) e Deus lhes prestou testemunho com sinais, prodígios, vários milagres e dádivas do Espírito Santo, de acordo com Sua Vontade. Como Deus concluiu Sua grande e final revelação? Mandou Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, para o mundo. Então, Ele foi cercado pelos apóstolos, que nos deram uma revelação escrita, que é o Novo Testamento - vinte e sete livros: Mateus, Marcos, Lucas, João, todas as epístolas, e finalmente o Apocalipse, que nos mostra a conclusão do trabalho de Jesus Cristo.

Deus circundou Jesus com os Apóstolos

Antes que eu termine esta noite espero que vocês compreendam a importância dos apóstolos como nunca entenderam anteriormente. Vocês sabem, os Católicos enfatizaram demais, na verdade, deturparam a posição dos apóstolos. Mas me deixem dizer algo a vocês: os Batistas recusaram-se a entender a importância dos apóstolos. Se vocês lerem comigo como eu leio a Escritura Sagrada esta noite, acredito que vocês perceberão a importância que os apóstolos representaram nessa grande revelação que Deus deu através de seu Filho.

A primeira coisa que gostaria de dizer é que os apóstolos foram fundamentais. Os apóstolos foram fundamentais. A Epístola aos Efésios 2:20, falando sobre a Igreja, diz: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina". Sobre o que esta Igreja está construída? Foi edificada sobre o Novo Testamento. Quem escreveu o Novo Testamento? Os apóstolos e homens apostólicos que receberam suas palavras dos apóstolos, como Lucas. E assim a Igreja está construída sobre o fundamento dos apóstolos e profetas. Mesmo na linguagem simbólica, no Apocalipse, capítulo 21, versículo 14, é interessante o que nos é dito sobre a Cidade Santa, Nova Jerusalém. Diz-se: "E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro". Pensem em como Deus nos falou claramente que os apóstolos são fundamentais. Quando vocês vêem a Cidade Sagrada, Nova Jerusalém, ela tem doze fundações e, nelas escritas, os nomes dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Como eu digo, não teríamos nenhuma igreja se não fosse pelos apóstolos, eles são fundamentais.

Deus prometeu trazer todas as coisas a memória dos apóstolos

A Confirmação dos Apóstolos

Vocês perguntam: "Como os apóstolos agiram como uma prova e um testemunho para o Senhor Jesus Cristo?". "Por que Deus circundou Jesus com esses apóstolos?". Bem, há duas coisas que os apóstolos fizeram.

Primeiramente, confirmaram. É o que nos é ensinado na Epístola aos Hebreus; que foi confirmada para nós por aqueles que o ouviram. Deixem-me ler alguns trechos da Sagrada Escritura para vocês. João, capítulo 15, versículos 26 e 27. Ouçam essas palavras de Jesus Cristo. E Jesus disse: "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim"; e, então, observem o que Ele lhes diz: "E vós" (Ele está falando aos apóstolos) "também testificareis, pois estiverdes comigo desde o princípio". Deixem-me perguntar a vocês: Vocês já viram Jesus Cristo? Vocês o viram pendurado sobre uma cruz? Vocês olharam a sepultura vazia? Vocês ouviram o Sermão na Montanha? Vocês ouviram o discurso das Oliveiras? Os apóstolos os fizeram, e Jesus disse a eles: "Vocês também darão testemunho de mim". Vocês vêem a mesma coisa no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 1. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 1 e 2, Lucas diz: "Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera". E então, quando tiveram que procurar outro apóstolo no versículo 22, diz-se: "Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição". Observem isso: nos versículos 1 e 2, diz-se que Ele deu mandamentos aos apóstolos. Vocês já ouviram a Grande Comissão? O Senhor a deu a vocês? Não, Ele a deu aos apóstolos. Nós a temos a partir deles. Falem sobre um testemunho de ressurreição. E pergunto a vocês novamente: vocês já viram a sepultura vazia? Não, vocês lêem sobre isso a partir dos apóstolos.

Quando João escreveu a Primeira Epístola de João, era um homem velho. Acredito que ele era o último dos apóstolos vivos. Ele diz algumas coisas aqui que são fascinantes. Na Primeira Epístola de João, capítulo 1, versículo 1, ele está falando sobre o Senhor Jesus. Ele diz: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida". Vocês nunca o tocaram, vocês nunca puseram a mão em seu lado ferido. Vocês nunca ouviram sua fala. Vocês nunca o contemplaram com seus olhos, ou o apalparam com suas mãos. Mas João disse: "Eu os fiz. Nós os fizemos". Continua e diz: "(Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos" [Vocês e eu não a vimos. Eles a viram.] "e testificamos dela, vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada)". João está falando sobre os apóstolos. "O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco", ou participação, "e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo". Agora, observem: "O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco". João viu Cristo. João ouviu Cristo. João O viu sobre a árvore. João O viu deitado na sepultura e O viu depois de Sua ressurreição. E João teve vida em Jesus Cristo. Eu não vi nada disso, mas ele me falou sobre isso e agora tenho comunhão naquela mesma salvação que ele teve.

Segunda Epístola aos Coríntios, capítulo 12, versículo 12. Aqui está uma afirmação espantosa. (Se nós não soubéssemos que a Bíblia foi inspirada, poderíamos ficar chocados com uma afirmação como essa). Segunda Epístola aos Coríntios 12:12, a Bíblia diz (Paulo está falando): "Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas". A Epístola aos Hebreus 2:4 falou sobre Deus dando testemunho aos apóstolos.
Deixem-me parar e fazer esta afirmação: hoje, há pessoas que dizem que nós precisamos ser capazes de fazer milagres para que possamos pregar o Evangelho com grande aceitação. As pessoas crerão no Evangelho se tivesse milagres.

Milagres nunca deram testemunho do Evangelho. Milagres deram testemunho dos apóstolos. Há uma diferença. Vocês notam o que o apóstolo Paulo disse? "os sinais do meu apostolado". Milagres não provaram que o Evangelho era verdade; milagres provaram que os apóstolos eram verdade. Eu não sou um apóstolo. Eu não prego o Evangelho e faço um milagre para que vocês acreditarão no que eu estou dizendo. Eu levanto esta Bíblia e a prego. Nela vocês podem ler o registro dos apóstolos e saber o que eles viram e fizeram.

A Revelação que Deus fez aos Apóstolos

Primeiramente, observamos que os apóstolos confirmaram o que ouviram e viram. Em segundo lugar, queremos observar a revelação que Deus fez aos apóstolos.
Por favor, leiam João, capítulo 14, versículo 26. Esse trecho nos ensina sobre a revelação que Deus fez aos apóstolos. João, capítulos 14, 15 e 16 foram, certamente, as palavras que Jesus proferiu aos apóstolos imediatamente antes de sua ascensão ao Céu, confortando-os e preparando-os para sua partida. Em João 14:26, Jesus disse: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas". Agora observem: "e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".

Digo isso com freqüência, e talvez não devesse dizê-lo. Não pretendo machucar os sentimentos das pessoas, mas se eu desse um teste todo domingo pela manhã, sobre o qual eu discursasse para ver o que as pessoas recordam, provavelmente deixaria de pregar. Minha memória também está se tornando ruim; isso é realmente lamentável. Não sei se estou nos primeiros estágios do mal de Alzheimer ou o que poderia ser, mas vocês teriam confiado nos apóstolos para lhes dar o discurso das Oliveiras? Vocês teriam confiado neles para recordar as sete parábolas do reino no capítulo 13 de Mateus? Vocês confiariam neles para lhes dar o Sermão da Montanha? Mas, observem o que Jesus disse. Ele disse: "Mas aquele Consolador ... que o Pai enviará ... vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". Notem: Jesus Cristo não escreveu o Novo Testamento, mas o Espírito de Deus veio e inspirou os apóstolos a escrevê-lo.

Aqui está a verdade que quero que vocês entendam: todo o Novo Testamento não é nada senão uma exposição do que Cristo fez e do que Cristo ensinou. Tudo o que está no Novo Testamento é encontrado em forma de semente nas palavras do Senhor Jesus Cristo. Quem foi o primeiro a falar sobre a Igreja? Jesus Cristo. Quem foi o primeiro a dar a ordem do batismo? Jesus Cristo. Quem foi o primeiro a instituir a Comunhão? Jesus Cristo. Quem mencionou primeiro a bem-aventurança e as doutrinas da graça no Novo Testamento? Jesus Cristo. Quem pregou a salvação pelo perdão através da fé? Jesus Cristo. Leiam o capítulo 3 do Evangelho Segundo João. Mas vocês perguntam: "E o Apocalipse?". Respondo: comparem o capítulo 6 do Apocalipse ao capítulo 24 de Mateus, o discurso das Oliveiras. O Novo Testamento, eu repito, não é nada senão uma história de Cristo e uma exposição do que Cristo ensinou.

Vocês entendem esta verdade? "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho". Deus, na plenitude do tempo, manda seu Filho para o mundo. Ele faz uma obra específica. Revela o Pai. Morre para nossa salvação. Ensina. Mas Deus o cerca com os apóstolos. Traz tudo para a memória desses apóstolos. Eles nos dão o Novo Testamento. O que é o Novo Testamento? É a revelação de Cristo.

Olhem no capítulo 16 de João, versículos de 12 a 14. Jesus diz: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir". Agora, eu quero que vocês observem isto: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido". Vejam: tudo o que o Espírito de Deus inspirou os apóstolos a escrever eram coisas que Cristo já havia ensinado. O Espírito de Deus não veio para fazer novas revelações. Ele não veio para falar por Si mesmo; veio para tomar as coisas de Cristo e ensiná-las. "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar". Agora, notem esta expressão no versículo 13: "Ele vos guiará em toda a verdade".
Não sei quantas vezes ouvi isso, e se vocês o disseram, perdoem-me; não digo isso severamente. Estava em uma conferência, há não muito tempo atrás, quando ouvi um pregador dizer isso. Levantou-se e disse: "ouço pessoas dizerem que outros povos, que não são Batistas, estão salvos, mas Deus disse que ele vos conduzirá (os Batistas) para toda a verdade". Ele não deveria dizer isso. Essa passagem não está tratando dos Batistas, mas dos apóstolos. Vocês sabem, aqui, na Bíblia, está toda a verdade! Toda verdade está aqui na Bíblia; toda verdade não está aqui entre nós, homens. Vocês pensam: "uma pessoa poderia decifrar isso sozinho". Somos tão subjetivos, colocamos tanta confiança em nós mesmos que perdemos totalmente o contexto da Sagrada Escritura.

Coloquem-se no lugar dos apóstolos. Cristo esteve com eles durante três anos e O ouviram falar essas palavras maravilhosas. Viram Suas obras magníficas e, agora, Ele diz: "Voltarei para o Pai. Partirei, mas vocês não estão órfãos. Mandarei o Espírito Santo. Mandarei o Consolador". E eles estavam pensando: "Há tanto que não entendemos. Há tanto que não podemos fazer. Há tanta coisa que ouvimos o Senhor dizer que nós não entendemos completamente. Nós nos esqueceremos destas verdades". E o Senhor Jesus disse que o Consolador está chegando, e quando vier, conduzirá eles para toda a verdade. E, pessoal, o cumprimento disso foi a inspiração do Novo Testamento. E o Novo Testamento é Deus conduzindo-nos para a verdade. Vocês e eu precisamos apanhar em nossas mentes tanta verdade quanto pudermos enquanto estivermos vivos, mas aqui no Livro está toda verdade. Não na mente de um Batista, mas neste livro - a Palavra de Deus.

No capítulo 17 de João está a grande oração sacerdotal que nosso Senhor orou depois que Ele fez esse discurso final. E quero mostrar novamente a vocês uma das coisas que costumavam me perturbar em relação a João 17.

Vocês já leram a Bíblia e pensaram consigo mesmos: "Bem, Senhor, se eu tivesse escrito uma Bíblia, teria escrito esta parte um pouco diferente?". Eu costumava ler o capítulo 17 de João e pensar: "Senhor, por que o Senhor fala tanto sobre os apóstolos aqui?". Vocês sabem? "Isso transforma em ruínas minha pregação". Conhecer a Bíblia arruína muito uma pregação. Como eu costumava pensar, isso arruinava a minha pregação aqui. E, então, comecei a entender o que o Senhor estava dizendo.

No capítulo 17 de João, versículo 6, Jesus diz: "Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo me deste" (Ele está falando sobre os apóstolos) "eram Teus, e Tu mos deste, e guardaram a Tua palavra". E então, nos versículos 11 e 12, Ele diz: "E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo," (Ele está falando sobre os apóstolos) "e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós. Estando Eu com eles no mundo, guardava-os em Teu nome. Tenho guardado aqueles que Tu Me destes". Observem: "e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição" (falando sobre Judas) "para que a Escritura se cumprisse". Desse modo, aqui está o Senhor Jesus, pronto para ascender de volta ao Céu. Pessoal, o Senhor tem milhões de eleitos, mas Ele mantém-se falando sobre os apóstolos. Há toda essa multidão, uma grande multidão que nenhum homem pode enumerar, e Ele continua falando sobre esses homens que Deus deu a Ele. Então, no versículo 14, Ele diz: "Dei-lhes a Tua palavra". (Está falando sobre os apóstolos novamente. Caminhamos a maior parte do caminho desta oração e Ele ainda está falando sobre os apóstolos.) "Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo". Porém, em seguida, observem o versículo 20: "e não rogo somente por estes". Em outras palavras: eu não estou orando apenas pelos apóstolos, "mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim".

Os Apóstolos e Todos os Outros

Vocês têm duas classes de pessoas aqui. Vocês têm os apóstolos e aqueles que foram salvos por acreditarem na palavra dos apóstolos. Todos nós que estamos salvos, aqui, esta noite, nos enquadramos na mesma categoria. Por que vocês estão salvos? Por causa de Mateus, Marcos, Lucas, João. Por causa do livro dos Atos dos Apóstolos. Por causa dos Romanos. Por causa do testemunho e do registro apostólicos. Todos nós, aqui, que estamos salvos, estamos salvos por causa da pregação da Palavra de Deus.

Observem esse surpreendente comentário que Paulo faz em I Coríntios, capítulo 14, versículo 37. Paulo está censurando algumas pessoas na igreja em Corinto. Ele diz: "Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor". Que afirmação! Aqui está um apóstolo. Ele diz: "as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor".

Judas, versículo 3. Esse é um Escrito muito importante, e quero que vocês o guardem em sua memória. Ouçam essas palavras de Judas: "Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligencia acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos".

Agora, quero, em primeiro lugar, explicar isso brevemente. A palavra "fé" é aqui um termo técnico. Significa o conjunto de doutrinas em que nós, como Cristãos, acreditamos. A "fé" é aquilo em que acreditamos. Quando dizemos "mantenha a fé", estamos dizendo "continue agarrado àquilo em que, como Cristãos, acreditamos".

Observem o que ele diz sobre a "fé": "A fé que uma vez foi dada aos santos". O que foi o conjunto de doutrinas em que nós, como Cristãos, acreditamos? Foi de uma vez para sempre entregue aos santos. Como? Pelos apóstolos.

Isso é tão verdade que, no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículo 42, os ensinamentos do Novo Testamento são chamados de a doutrina dos apóstolos. "E eles continuavam firmemente na doutrina dos apóstolos" Em que nós acreditamos? Na doutrina dos apóstolos.

Deus fez o que Ele disse que faria Sola Scriptura

Agora, vem-me o segundo assunto sobre o qual quero falar esta noite e que é a questão da sola scriptura. Como disse, sola scriptura é uma frase latina que significa "apenas a Escritura Sagrada".
Essa frase teve origem na reforma Protestante. Martinho Lutero, quando era um sacerdote Católico Romano, soube que a Igreja Católica Romana ensinava que havia uma Bíblia e um Papa, que é infalível, e havia as tradições da Igreja. Por outro lado, Martinho Lutero teve pessoas que estavam tentando influenciá-lo, que diziam que somos profetas e que Deus fala diretamente através de nós. E assim essa frase foi inventada. Sola scriptura, que significa "apenas a Escritura Sagrada". Não o Papa, não a tradição, não os profetas, mas as Escrituras Sagradas.
Nós, como Batistas, dizemos deste modo: A Bíblia é nossa única regra de fé e prática; somente a Bíblia é nossa autoridade.

Conceitos históricos

Deixem-me contar a vocês, primeiramente, uma breve história de equívoco e, então, explicarei como isso se relaciona. Como um exemplo, olhemos para a Igreja Católica Romana. Vocês ouviram que a Igreja Católica Romana declara acreditar na Bíblia, embora adicionem alguns livros a Ela. Afirmam que o Papa, quando fala, pode falar da cadeira episcopal, e que ele é inspirado quando fala desta cadeira. Mas declaram também acreditar na tradição da Igreja. Vocês podem não saber o que o Católico acredita ou quer dizer por "tradição", então, deixem-me explicar a vocês muito rapidamente.

Em 1950, havia um Papa. Ele foi chamado de Papa Pio XII. Era conhecido como o Papa Mariano, pois havia dedicado sua vida à Virgem Maria. Acreditava que Maria não morreu, mas que havia ascendido ao Céu. Isso era denominado como "A Ascensão de Maria". Queria fazer disso uma doutrina da Igreja. O Papa Pio XII sabia que em nenhum lugar da Bíblia nos é dito que Maria ascendeu ao Céu sem morrer. Ele sabia que isso não estava na Bíblia. Sabia que isso não estava nos escritos dos pais da Igreja. Sabia que nenhum conselho da Igreja declarou que Maria foi aceita no Céu sem morrer, mas queria fazer disso uma doutrina da Igreja. Então, mandou cartas para todos os cardeais, para todos os bispos e para o povo Católico. Centenas de milhares de cartas retornaram dizendo que sim, que eles consideravam que Maria foi aceita em pessoa no Céu, sem morrer. Por conseguinte, isso se tornou uma doutrina oficial da Igreja Católica Romana e é aceito hoje por todos os devotos Católicos Romanos.

"Como fizeram disso uma doutrina da Igreja?". Aqui está o que as pessoas não entendem: quando um Católico Romano diz "tradição", não está dizendo tradição passada. Acreditam, porém, que qualquer doutrina sustentada pela a Igreja Católica Romana, foi revelada a ela pelo Espírito Santo. Mas, se vocês fossem até o Papa Pio XII e dissessem: "Papa, isso não está na Bíblia, não está nos pais da Igreja, nenhum conselho da Igreja jamais ensinou isso. De onde isso foi tirado?". Não tenho nenhuma dúvida em minha mente de que ele citaria o capítulo 16 de João e diria: "O Espírito vos conduzirá para toda a verdade".

Hoje, os Católicos estão tentando ensinar que Maria é a co-mediadora. Vocês questionam: "Como podem fazer isso? Nenhum Católico acreditou nisso no passado". Usariam o mesmo trecho da Escritura. Essa é a visão deles em relação à tradição.

Pensamos em outras religiões. Pensamos no Islã, que diz: "Acreditamos em Jesus Cristo. Acreditamos que Ele foi um grande profeta, mas também acreditamos que Maomé foi um profeta". Ou pensamos nos Mórmons, que dizem: "Acreditamos na Bíblia e acreditamos em Jesus Cristo, mas acreditamos que Joseph Smith foi um profeta e que Deus o inspirou". Agora, vocês sabem qual é a expressão favorita entre os Carismáticos e Pentecostais? Adivinhem qual é. "O Senhor me disse". Odeio dizer isso a vocês, mas ouvi isso vindo também da boca de Batistas. "O Senhor me disse". E notem, os Carismáticos e Pentecostais não têm uma Bíblia em suas mãos quando falam "O Senhor me disse".

Deduções Teológicas

Temos na teologia algo que é chamado de uma dedução verdadeira e necessária. Isso significa que, por causa do ensinamento que é evidente na Escritura, pode ser deduzido que certas coisas são verdadeiras. Por exemplo, a Bíblia ensina claramente que Deus criou o universo. Conseqüentemente, podemos fazer a dedução verdadeira e necessária de que o Diabo não o criou. Isso é óbvio.

Quero fazer uma dedução verdadeira e necessária. Farei uma questão: "O Cânone da Escritura é fechado?". O Cânone, a palavra Cânone, significa a prova, o modelo, aquilo que realmente acreditamos que seja a Palavra de Deus. Acredito que esses sessenta e seis livros são a Bíblia, a Palavra de Deus. Acredito que cada livro, cada palavra, é inspirada pelo Espírito Santo. Mas, assim fazem os Católicos, e assim fazem os Pentecostais. A questão é: "Isso é o Cânone completo da Escritura?". Bem, deixem-me passar a vocês dois pensamentos que lhes mostrarão o que quero ensinar.

Primeiramente, deixem-me fazer uma questão; na verdade, farei duas perguntas. Primeira questão: Que promessa Jesus Cristo fez aos apóstolos? Prometeu conduzi-los para toda a verdade? Prometeu trazer todas as coisas para sua recordação? Foi-nos dito que a fé foi uma vez e para sempre entregue aos santos? Essas coisas são assim? É isso que Ele prometeu aos apóstolos, conduzi-los para toda a verdade? A fé foi efetivamente entregue aos santos?

Então, isso nos conduz à segunda questão: Os apóstolos estão mortos? Se Jesus prometeu conduzir os apóstolos para toda a verdade, se Ele prometeu trazer-lhes à recordação todas as coisas, se Ele prometeu que a fé seria entregue de uma vez para sempre aos santos, e todos os apóstolos estão mortos, então Ele já deve ter feito isso. Já nos conduziu a toda a verdade.
Conseqüentemente, hoje não existe profecia (revelação nova). Hoje não existem línguas. Não há sinais hoje. Mas há a iluminação do Espírito Santo para abrir nossas mentes para entendermos a Palavra de Deus. Há a liderança da Palavra de Deus.

Conclusão

Agora, deixem-me concluir com essa afirmação, ou esse grupo de afirmações. Os Batistas têm tomado sempre essa posição: a porta da revelação está fechada. Em outras palavras: quando o apóstolo João, o último apóstolo vivo, escreveu o Apocalipse, a Bíblia foi completa. No Antigo Testamento, Deus falou várias vezes e de diversos modos. Nos últimos dias, Deus nos falou por meio de seu Filho. Mandou seu Filho ao mundo, Ele O cercou com os apóstolos, prometeu trazer todas as coisas para sua memória, prometeu conduzi-los a toda verdade. Ele fez tudo isso. Então, João escreveu o Apocalipse por volta de 95 d.C. e logo depois faleceu. A revelação de Deus está completa. E, por isso, os Batistas sempre dizem que a porta da revelação nova está fechada.
Os Batistas não apenas disseram que a porta da revelação está fechada, disseram que está trancada. A revelação plena deu-se através de Jesus Cristo. Não há mais nada. Os Mórmons tentaram abri-la à força. Os Muçulmanos tentaram abri-la à força. Os Pentecostais - neguem, como eles o farão - tentaram abri-la à força. Mas hoje, ouvimos com freqüência algo como isto: "não queremos abrir a porta, mas devemos tirar o cadeado". Digo que não sou um tolo. Vocês não devem abrir a porta, mas se vocês tirarem o cadeado, não irá demorar até que outra pessoa a abra. Se um pastor pudesse se levantar nessa Igreja Batista e dizer: "Agora, quero que vocês saibam algo. Não falo em línguas. Não tenho qualquer desejo de falar em línguas. Não profetizo. Não estou buscando isso. Estou satisfeito com a Bíblia, mas ainda não acredito que seja absolutamente impossível para Deus falar-nos diretamente", ele poderia morrer e nunca teria aberto a porta, mas ele tirou o cadeado da porta e não demorará muito tempo até que outra pessoa abra a porta.
Autor: Pr Ron Crisp Transcrito por Joy Ellaina Gardner de fita cassete, Outubro de 2002. Formatado para publicação - Calvin Gardner, Março de 2003. Traduzida por Albano Dalla Pria, Abril 2003 Revisado por Calvin Gardner, Abril de 2003 Fonte: www.palavraprudente.com.br

CONHECENDO MELHOR MATEUS 3:11



"E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". (Mateus 3:11)




A nossa intenção neste pequeno artigo não é analisar de uma forma geral o ensinamento antibíblico de um batismo com o Espírito Santo pós-conversão, defendido pelos pentecostais e neopentecostais. Antes, queremos atentar para a passagem acima e ver à luz das Escrituras o que significa o "batismo com o Espírito Santo e com fogo" (vale ressaltar que esta é uma das passagens prediletas dos pentecostais e neopentecostais, a qual eles afirmam ensinar a necessidade de um revestimento de poder para os crentes após a conversão).
Tanto pentecostais como muitos reformados crêem que "o batismo com o Espírito Santo e com fogo" se refere ao batismo que os crentes genuínos recebem (é claro que a diferença quanto ao tempo desse recebimento e a extensão do mesmo é fundamental entre esses dois grupos). Mas o que diz "a Lei e o Testemunho"?




Primeiramente, vejamos o contexto da passagem:




7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento 9 - e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 - E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. 11 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 - Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. (Mateus 3:7-12, ênfase adicionada).




Analisando cuidadosamente o discurso de João Batista, vemos que a expressão "batizará com o Espírito Santo e com fogo" refere-se a dois batismos distintos para duas classes de pessoas distintas:




a) O batismo com o Espírito é para o trigo, ou seja, para aqueles que produziram, pela graça de Deus, frutos dignos de arrependimento. O trigo é recolhido no Seu celeiro em virtude de ser algo muito valioso, muito precioso.




b) O batismo com fogo é para a palha, ou seja, para aquelas "árvores" que não produziram frutos, as quais serão cortadas e lançadas no fogo. Assim, a palha será separada do trigo, ou seja, os ímpios dos bons, e será queimada no fogo que nunca se apaga.




Além do mais, João Batista não estava se dirigindo aos discípulos dele ou de Cristo. Ao contrário, ele falava com os "fariseus e saduceus" que estavam querendo se batizar, sem demonstrar arrependimento. A esses ele diz: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?". Certamente João Batista não prometeria um batismo com Espírito Santo para tais pessoas.
Portanto, ao invés do "batismo com fogo" ser uma promessa para os crentes, ele é uma frase expressiva dos terríveis julgamentos que Ele (Jesus) infligiria sobre a nação Judia e sobre todos quantos morressem impenitentes; quando Ele os condenará pelo pecado de rejeitá-Lo; e quando Ele aparecer como o "fogo do ourives" e como o "sabão dos lavandeiros" (Malaquias 3:2); quando "o dia do Senhor" vier "ardendo como forno" (Malaquias 4:1); quando Ele "limpar o sangue de Jerusalém", Seu próprio sangue e o sangue dos Apóstolos e Profetas derramados nela, "do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor"; o batismo com fogo é o mesmo que a "ira vindoura", com a qual os ouvintes de João Batista são ameaçados no contexto, na ocasião da qual as árvores infrutíferas "serão cortadas e lançadas no fogo" e a "palha" será queimada com fogo que nunca se apaga.




Aqueles que insistem em afirmar que o "batismo com o Espírito Santo e com fogo" se refere a um só batismo, experimentado pelos crentes, costumam apelar para Atos 2:3 como prova de sua teoria. Contudo, lemos assim nesse verso: "Apareceram línguas como de fogo, pousando sobre cada um deles". Note que as línguas eram COMO de fogo e não DE fogo, ou seja, elas tinham apenas aparência de fogo. Além do mais, não vemos este ato repetido em numa parte da Bíblia. Até mesmo no batismo de Cornélio e de sua casa, o qual Pedro afirma ser o mesmo fenômeno experimentado por ele e os outros apóstolos, as "línguas como de fogo estão ausentes". Poderíamos ainda dizer que se "línguas como de fogo" fosse cumprimento de "batismo com fogo", esta promessa não é para nós, visto que ninguém, senão os 120 reunidos no cenáculo no dia de Pentecoste , experimentou isso em toda a história cristã.




É verdade que, como Calvino disse, é Cristo quem concede o Espírito de regeneração, e que, como o fogo, este Espírito nos purifica retirando a nossa imundícia. O Espírito tanto ilumina como purifica. Contudo, Mateus 3:11 não se refere a esta obra purificadora nos crentes, mas ao juízo final preparado para os ímpios. Portanto, concluímos com o puritano Dr. John Gill: "E como este sentido [o de julgamento para os ímpios] melhor concorda com o contexto, creio ser ele o genuíno; visto que João não está falando para os discípulos de Cristo, que ainda não tinham sido chamados, e que somente no dia de Pentecostes foram batizados com o Espírito Santo e com fogo, no outro sentido desta frase [no sentido de fogo como a obra da graça purificadora para os crentes – ver Isaías 6:6,7; Zacarias 13:9; Malaquias 3:3; 1 Pedro 1:7]; mas ele se dirigia aos Judeus, alguns dos quais tinham sido batizados por ele".
Felipe Sabino de Araújo Neto



(TEXTO ENCONTRADO EM...
http://www.obereno.blogspot.com/)

COMO NEGAR A HISTÓRIA?

acima, um dos fundadores (ou o principal) do pentecostalismo e das Ass. de Deus "mundial" sr. charles fox parham

Os Pentecostais,
Os Neo-Pentecostais,
Os Carismáticos



OS PENTECOSTAIS


As primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não ser verdadeiras".


A ORIGEM DO PENTECOSTALISMO
O primeiro grupo de pentecostais conseguiram sua membresia das igrejas Holiness Weslyanas - um grupo de metodistas - e, em muitos casos, dos grupos renovados onde elas começaram (batistas, metodistas, presbiterianas). O primeiro grupo enfatizava o falar em línguas estranhas como evidência do Batismo no Espírito Santo. Em termos de data, foi provavelmente a abertura do Bethel Bible College em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parhan, em outubro de 1900.Em primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do Espírito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe impusessem as mãos para que ela recebesse o Espírito. Ela falou em línguas, e mais tarde, outros estudantes falaram em línguas também.Parhan abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William J. Seimor, um aluno negro, ao receber o mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no número 312 da Rua Azusa em Los Angeles, no ano de 1906. Falar em línguas se tornou comum nessa missão. Pessoas que vinham visitá-la tiveram experiências similares e levaram a mensagem para outros países. Pode-se dizer que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão chamava-se "MISSÃO APOSTÓLICA DA FÉ". Este nome durou até 1914 quando foi mudado para "ASSEMBLÉIA DE DEUS".Muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com William J. Seimor para receber os dons. Foi assim que Gunnar Vingren e Daniel Berg, os fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, tornaram-se pentecostais em 1908,Em 1907, um pastor chamado William H. Durhan, recebeu de Seimor os dons. Durhan abriu sua própria missão também em Los Angeles. Ficava na North Ave, 943. Foi nesta missão que Louis Francescon, futuro fundador da Congregação Cristã do Brasil, recebeu os seus dons.


OS PENTECOSTAIS NO BRASIL


O pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em três épocas diferentes. São eles:- Os pentecostais históricos que surgiram na primeira década deste século (Assembléia de Deus e Congregação Cristã do Brasil).- Os pentecostais da segunda geração, surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo, Casa da Bênção, Deus é Amor);- e os neopentecostais, surgidos a partir da década de setenta sendo a principal a Universal do Reino de Deus.


A ORIGEM DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL


A Congregação Cristã foi a primeira igreja pentecostal a se instalar no Brasil. Foi fundada no Brasil pelo missionário Louis Francescon, um italiano nascido em Cavasso Novo, Udine. Veio para os EUA em 1890. Lá se tornou presbiteriano em 1891. Nessa igreja chegou a ser diácono e, na ausência do pastor, causou distúrbios à fé presbiteriana, indo-se batizar por imersão juntamente com outros 18 membros. Um irmão de sua igreja batizou-os em 1903, mesmo não sendo ordenado para o ato. Em 1907 recebeu os dons na Igreja de William H. Durhan. Nesta mesma igreja foi-lhe revelado que deveria pregar à colônia italiana, o que fez com presteza.Francescon visitou a Argentina em Setembro de 1909 e em Janeiro de 1910. Chegou ao Brasil em Março de 1910, na cidade de São Paulo. Através de um contato direto foi parar em Santo Antônio da Platina, Paraná, onde organizou sua primeira igreja no Brasil com colonos italianos. Foram onze ao todo. O crescimento desta igreja foi tímido até o meado dos anos 50. A partir desta data cresce expressivamente. No Sul e Sudeste do pais, muitas igrejas do interior que professavam a fé presbiteriana foram alvos de renovação por parte dos adeptos da Congregação.Interessante é notar o dom de línguas que possuía. Em seu diário ele diz que por suas mãos muitas pessoas conseguiram estes dons. Mas acaba entrando em contradição na página 23 do mesmo. Lá ele diz: "Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra do idioma portuguesa, se achar sem dinheiro e doente". E o dom de línguas que possuía, servia para que?


A ORIGEM DA ASSEMBLÉIA DE DEUS NO BRASIL


Em 19 de Novembro de 1910 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar Vingren, um ex-pastor batista que fora excluído do ministério pela Igreja Batista de Michigan. O segundo era Daniel Berg que também fora excluído da comunhão batista. Depois de receberem os dons de William Seimor, e para atender a um sonho de um irmão chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil.Chegando em Belém de Pará se apresentaram a Eurico Nelson, um missionário batista no Amazonas. Identificando-se como batistas, ofereceram-se para ajudar no trabalho e pediram hospedagem. Como não tinham carta de recomendação, e nem podia ter pois eram excluídos, o missionário deixou-os usar o porão da igreja como casa.Logo depois Eurico Nelson precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade para que os dois recém chegados pedissem ingresso na igreja, declarando-se membros de uma igreja nos Estados Unidos. Vingren declarou sua condição de pastor e a igreja recebeu-os com alegria. Como não sabiam falar português e nem os membros inglês - com exceção de um - tudo ficou muito fácil. Nota-se uma certa desonestidade em como eles conseguiram a entrada na igreja. Primeiro que não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram a volta do pastor titular que, naquele tempo, tinha que fazer a viagem de Belém de Pará ao sul de navio, e levaria meses para voltar.Os dois foram mais desonestos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da igreja. Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o término dos cultos regulares da igreja. Nessas reuniões havia estranhas línguas e estranhos ruídos. Alguns membros da igreja começaram a adotar as idéias dos falsos irmãos. Aumentando o número e chegando ao ponto de haver manifestações pentecostais numa reunião de oração da igreja, o evangelista Raimundo Nobre convocou, com o apoio da maioria dos diáconos, uma sessão extraordinária, e os adeptos de Vingren e Berg foram excluídos. Ao todo foram treze pessoas excluídas. (dezenove segundo o MP 06-96). No meio deles estava o moderador da Igreja, substituto direto de Eurico Nelson, José Plácito da Costa, homem culto e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas reuniões do porão. A igreja contava com 170 membros, assim, é estranho que o historiador pentecostal, Emilio Conde, diga que a minoria excluiu a maioria.Vingren e Berg não pararam por aí. Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo dentro das igrejas batistas. Percorreram o Brasil inteiro na busca de novas renovações. Pode-se dizer que em muitos casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que: "Por onde íamos, buscávamos nas igrejas e nas casas dos batistas infundirem o novo batismo". Este novo batismo constituía de doar aos crentes já convertidos o dom de línguas.Nisso Vingren também entra em contradição na questão dos dons de língua. Ele considerava-se o doador do dons de línguas a muitos crentes. Pois bem. Na página 34 de seu diário ele relata: "Agora com esforço começamos a estudar a língua, e durante esse tempo participamos dos cultos da igreja Batista. Por não termos dinheiro para pagar as aulas, Daniel teve de conseguir um emprego na fundição. Ali ele trabalhava de dia, enquanto eu estudava o idioma. Depois eu lhe ensinava de noite o que aprendera de dia. Assim, com esforço aprendemos o português." Esse foi o mesmo erro de Francescon. Que dom era esse que não foi usado para o fim que a Bíblia deixou, pois, em Atos 2, diz que as línguas faladas pelos apóstolos coincidia com a necessidade de cada ouvinte; Romano ouvia em Latim. Grego em grego. E nenhum dos apóstolos tiveram que entrar na escola para aprender idioma nenhum. Em 1911 os dois fundaram a Missão de Fé Apostólica que posteriormente mudou-se de nome para Assembléia de Deus. Cresceram muito após a década de 50 e são hoje o maior grupo de pentecostais no Brasil, chegando a mais de três milhões de adeptos.


A ORIGEM DOS PENTECOSTAIS DA SEGUNDA GERAÇÃO


A partir de 1950 multiplicou-se o número de denominações pentecostais. Esse fato deve-se principalmente pelas incentivadas cruzadas nacionais de evangelização que percorreram todo o país. Usavam-se tendas como templos improvisado e grandes anúncios nas rádios da época. Esse período é conhecido como a segunda geração de pentecostais.Foi assim que nasceu a IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR. Ela foi fundada no Brasil pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo. Foi inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo. Não eram tão intransigentes no uso da roupa e do cabelo como os assembleianos e os cristãs. Seus cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Deixando a recomendação de Paulo em I Tm 2,8-13, atropelaram as escrituras e ordenam mulheres para o ministério, dando a estas o título de pastoras. Seus templos estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.A febre do pentecostalismo estava a toda, nessa época. Em 1956 o ex-pastor assembleiano e depois quadrangular, Manuel de Melo, iniciou uma divisão nestas duas igrejas. Dessa divisão surgiu a IGREJA O BRASIL PARA CRISTO. Esta igreja foi um pouco mais rígida que a quadrangular e um pouco menos exigente que a Assembléia. Seu crescimento foi espantoso. Na época áurea de Manuel de Melo ele chegou a ordenar mais de trezentos pastores num só dia (a maioria ex-presbíteros da Assembléia de Deus). Chegaram a ter o maior templo protestante no Brasil na cidade de São Paulo. Seus programas de rádio eram largamente ouvidos em todo o país. Chegaram a ter mais de um milhão de membros. Na última pesquisa feita o número foi de 197.000. Com a morte do missionário o trabalho deixou de ter o crescimento expressivo que marcou o seu início. Tem perdido muitos membros para as divisões das assembléias e para os neopentecostais.As igrejas pentecostais continuaram a rachar. Em 1960 surgiu a IGREJA NOVA VIDA no Rio de Janeiro. O missionário David Martins Miranda, que tem origem assembleiana, deixou-a e fundou a IGREJA DEUS É AMOR em 1962. Esta igreja ainda está em ascensão. Cresce muito entre a população mais carente do país. O fato de seu fundador e líder ainda estar vivo ajuda muito a sua propagação. Seus programas de rádio têm grande audiência na camada mais pobre, e principalmente, nos moradores da zona rural. Muito parelha a esta igreja em doutrinas e costumes a IGREJA SÓ O SENHOR É DEUS, que tem como fundador o missionário Miranda Leal (Que dizem ser primo de Davi Miranda). Esta igreja que tem a sua sede em Maringá, no Paraná, e seus templos, quando construídos por Miranda Leal, tem a forma de uma Arca, como a de Noé. Em 1964 surge A CASA DA BENÇÃO, fundada pelo missionário Doriel de Oliveira. É quase inexpressiva nas cidade de pequeno porte, mas é bem representada nos grandes centros. Esta igreja até hoje costuma usar tendas improvisadas como templos para iniciar seus trabalhos.

OS NEOPENTECOSTAIS


Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam à questão de roupas, de televisão, de costumes, e têm um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam o mudo espiritual dividindo-o entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como Seicho-No-E, induísmo e budismo. Para eles o crente não pode sentir dor, ser pobre ou estar fraco.Este movimento começou no início da década de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anúncio de curas e milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.No Brasil a maior igreja neopentecostal é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD). Já conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior igreja evangélica do país, ficando atrás apenas da Assembléia e da Cristã. Fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo, tem procurado estabelecer um sistema episcopal como o católico. Possui um forte esquema de comunicação, que é sem dúvida o fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos.Depois da Universal a maior igreja neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA. Esta igreja foi fundada em 1980 pelo missionário R. R. Soares no Rio de Janeiro. Na intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores apresentadores de igrejas televisionadas dos EUA), Soares investe muito na apresentação de seus programas. Outra Igreja forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM CRISTO, que trabalha principalmente com a camada alta da sociedade. Há pouco tempo quase comprou uma rede de Televisão. A tendência é crescer. Seu fundador se autodeclarou "apóstolo".


AS DIVISÕES DO PENTECOSTALISMO


Os pentecostais alegam que o aparecimento do Espírito Santo dentro das igrejas surgiu como resposta de Deus ao modernismo teológico (MP pg 04, 06-96). Quer dizer que o Espírito Santo tinha sumido das igrejas por quase dois mil anos? Poucos sabem, quando afirmam uma coisa dessas, que quando os pentecostais estavam renovando os trabalhos batistas no começo do século, estes mesmo "crentes frios", estavam dando suas vidas em campos missionários de todo o mundo. Antes de dividir as igrejas de Jesus seria bom que lessem Provérbios 6,19.


OS BATISTAS RENOVADOS


A renovação das Igrejas Batistas no Brasil como denominação começou no ano de 1958. Desde esta data até o ano de 1965, quando realmente houve a divisão, muitas reuniões foram feitas no intuito de evitar o racha nas igrejas batistas de todo Brasil.O iniciador do movimento divisório nas igrejas batistas do Brasil foi um pastor da Igreja Batista de Vitória da Conquista chamado José Rego do Nascimento. Era um grande orador e logo conseguiu fazer fileiras e conquistar algumas pessoas de nome para o seu movimento. Foi o caso do pastor Enéias Tognini, pastor da Igreja Batista de Perdizes. Essa união de forças levou o caso a ser analisado várias vezes. Houve muitas reuniões de um comitê organizado para este fim, formado por 11 membros, buscando uma solução conciliadora para a questão pentecostal dentro das igrejas batistas. A decisão estabeleceu que: "A atuação do Espírito Santo na vida dos crentes, se faz através de um processo chamado santificação progressiva; que manifestações emotivas, por mais sinceras que sejam, não podem ser apresentadas como um padrão a ser seguido por todos; que a ênfase dada à doutrina do batismo no Espirito Santo tem causado reuniões barulhentas, carregadas de emocionalismo e provocado manifestações de orgulho espiritual, bem como proselitismo de crentes que não adotam tais idéias." Isso aconteceu em 1963.Em 1965, ao realizar-se a Convenção em Niterói, com 3.035 mensageiros, as preocupações maiores era a grande Campanha de Evangelização marcada para o mesmo ano. No plenário mais uma vez surgiu o problema da renovação. O presidente vendo que isso atrapalharia a campanha pediu que a questão fosse resolvida no ano seguinte. Porém a intransigência dos reavivalistas foi tanta, que precisou ser resolvida naquela convenção. Decidiu-se então pela exclusão da comunhão as igrejas renovadas. Só naquele ano mais de trezentas igrejas se rebelaram e tiveram que ser excluídas. Juntas formaram uma convenção a qual denominaram CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL. Assim, pela primeira vez, houve uma divisão entre os batistas brasileiros como um grupo.


OS CARISMÁTICOS


O movimento pentecostal iniciado em 1900 por Parhan conseguiu invadir todas as denominações antigas (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.). Até então falar em línguas era para os pregadores pentecostais uma resposta de Deus condenando as denominações tradicionais. Todos os grupos renovados que saiam de suas igrejas originais condenavam os que não aceitavam o pentecostalismo. De repente o mundo pentecostal teve uma surpresa. Essa surpresa foi a chegada dos pentecostais católicos, ou CARISMÁTICOS.No início de 1960 explodiu a mania carismática nas antigas denominações Episcopais da Califórnia. Seu líder principal foi Dennis Bennet de Van Nuys. Um discípulo dele, Jean Stone, espalhou o seu ensino através da revista Trinity entre os anos de 1961-66. Por esse mesmo período Larry Christensen liderou o avivamento carismático entre as igrejas luteranas nos E.U.A.Em 1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush. Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro. O primeiro grande líder dos carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos e professores falaram em línguas.De princípio tanto os pastores pentecostais, como padres católicos, condenaram o mais novo movimento pentecostal. Na verdade os padres até tinham uma certa razão, pois, era um ensino totalmente contrário às doutrinas do Vaticano. Já os pastores pentecostais condenavam mais por ciúme, afinal, a grande vantagem de falar em línguas, que foi a bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas, estava agora na boca dos idólatras católicos. A diferença dos carismáticos com os pentecostais é: Primeiro que eles se renovam e permanecem nas suas próprias congregações, enquanto os pentecostais históricos dividiam as igrejas. Os carismáticos usualmente pertenciam à classe média, são separatistas, urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia. As igrejas pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos atuais já alcançaram seus primos pentecostais clássicos. Os carismáticos são idólatras e os pentecostais não. No demais são bem parecidos.Os carismáticos católicos só conseguiram o agrado do Papa - não o aval - em 1975. Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento ecumênico o Papa Paulo falou simpaticamente à assembléia. Foi uma vitória ao movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o movimento. Mas atualmente ele é favorável, principalmente porque os carismáticos já se organizaram em quase todo o mundo, e no Brasil, que é o maior país Católico do mundo, o movimento está esparramado em quase todas as suas paróquias. Para dizer com mais sinceridade é o movimento carismático que está conseguindo deter o movimentos pentecostal e neopentecostal na América Latina, que aliás, é o grande reduto católico do mundo.A grande pergunta é: Estavam certos os pentecostais de condenar o movimento tradicional? Que dizer de uma pessoa que acredita em purgatório, santos e imagens, cultos aos mortos, adoração de Maria, entre outras barbaridades, falar em línguas também? É preciso ter muito cuidado quando falamos desse assunto.


Gilberto Stefano


Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/Seitas/ Pentecostalismo/
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

São os Sinais para Hoje?



Atualmente, um grande número de pessoas acredita fortemente em sinais e dons do Espírito Santo. Há pessoas crendo que os dons do Novo Testamento estão em efeito hoje como no passado. Há aqueles que não crêem que os dons do Novo Testamento estão em efeito hoje, pois eram somente para o passado. Se todos estão usando a mesma Bíblia, as duas posições não podem estar corretas. Uma tem que estar correta e a outra errada.
I. O Propósito dos Sinais no Velho Testamento
O propósito, em muito, ajudaria qualquer um a estabelecer se os sinais e os dons continuam até hoje. Se o propósito continua sendo necessário, então a existência dos sinais e dos dons também continua. A. Certificar quem é de Deus - Moisés, Êx. 4:8-30B. Confirmar o poder de Deus - Êx. 7:3; Dan 6:27C. Testemunhar o poder de Deus - Êx. 10:2; Josué 4:6D. Lembrar um compromisso - Êx. 31:13,17; Deut 6:8E. Confirmar a justiça de Deus - Num 26:10; Deut 28:45,46; I Sam 2:34F. Testar o povo de Deus - Deut 13:1,2G. Notificar a vontade de Deus - Isa 7:14; Joel 2:28-32
II. O Propósito dos Sinais no Novo Testamento
A. Os Sinais de Cristo1. Os sinais de Cristo “confirmavam” a Sua Palavra - Heb 2:3,4 (note a palavra “começando” no versículo 3. Esta palavra mostra quem começou a pregar a tão grande mensagem da salvação: Cristo.)2. João 5:20,21, “para que vos maravilheis”3. Os sinais de Cristo mostraram que Ele tem senhorio sobre o pecado (Luc 5:24), sobre os demônios (Mar 1:27), sobre os elementos (Mat. 8:27) e sobre a morte (I Cor 15:54-57)4. Certificaram que Cristo é o Salvador - João 20:31,31, “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”5. Deus mostrou a Sua escolha divina como definitiva (salvação e julgamento por Cristo) como sinal da ressurreição - Atos 17:30,31. B. Os Sinais dos Apóstolos1. Os sinais dos Apóstolos confirmavam que a Palavra que Cristo anunciava era verdadeiramente de Deus (Heb 2:3,4, os que ouviram fizeram maravilhas e assim confirmaram a Palavra de Cristo como sendo de Deus).2. Os sinais dos Apóstolos confirmavam que a obra de Deus foi iniciada por Cristo (a Sua igreja) e continuada pelos Apóstolos (Atos 5:12,13. Note o versículo 13, “o povo tinha-os em grande estima”). Em Atos 14:2,3, os judeus incrédulos desacreditaram da mensagem dos apóstolos. Pelos sinais, as palavras dos apóstolos eram reconhecidas como sendo de Deus.
3. Os sinais e os\nprodígios ajudavam os apóstolos a pregarem o evangelho da Jesus\nCristo (Rom 15:16-19).4. Apenas os onze apóstolos\nfaziam parte da igreja e os sinais foram dados a eles em Mar 16:15-18. Se\nconsiderarmos o Livro de Atos poderemos comprovar o desempenho dos apóstolos\ndepois que Cristo enviou-os como igreja. Os sinais não eram dados à\nigreja mas sim aos que criam (os apóstolos). V. 20, os sinais\nconfirmaram a Palavra. OBS. Os sinais e os prodígios do Novo\nTestamento sempre envolveram os apóstolos, direta ou indiretamente. \nDeus é quem fez os milagres por eles. II Cor 12:12, “sinais do\nmeu apostolado” eram “sinais, prodígios e\nmaravilhas”. As qualificações para que alguém\nfosse um apóstolo eram:1. Ver Cristo antes\nda sua crucificação (Atos 1:21, “dos homens que conviveram\nconosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre\nnós”)2. Ver Cristo após a sua\ncrucificação (Atos 1:22, “até ao dia em que de entre\nnós foi recebido em cima”), para que testemunhasse a Sua\nressurreição. 3. Ser enviado - Mateus 16:15-18\n(os onze); Lucas 10:1,2,17 (os setenta); Atos 1:26 (Matias) Atos 9:15\n(Paulo); 13:1-3 (Barnabé): somando 83\napóstolos. Passando a era\napostólica deixaram de existir os sinais. Deve-se crer e servir a Deus\npor meio da fé obtida através da Palavra de Deus {Heb 11:1,6}. \n",1]
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3. Os sinais e os prodígios ajudavam os apóstolos a pregarem o evangelho da Jesus Cristo (Rom 15:16-19).4. Apenas os onze apóstolos faziam parte da igreja e os sinais foram dados a eles em Mar 16:15-18. Se considerarmos o Livro de Atos poderemos comprovar o desempenho dos apóstolos depois que Cristo enviou-os como igreja. Os sinais não eram dados à igreja mas sim aos que criam (os apóstolos). V. 20, os sinais confirmaram a Palavra. OBS. Os sinais e os prodígios do Novo Testamento sempre envolveram os apóstolos, direta ou indiretamente. Deus é quem fez os milagres por eles. II Cor 12:12, “sinais do meu apostolado” eram “sinais, prodígios e maravilhas”. As qualificações para que alguém fosse um apóstolo eram:1. Ver Cristo antes da sua crucificação (Atos 1:21, “dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós”)2. Ver Cristo após a sua crucificação (Atos 1:22, “até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima”), para que testemunhasse a Sua ressurreição. 3. Ser enviado - Mateus 16:15-18 (os onze); Lucas 10:1,2,17 (os setenta); Atos 1:26 (Matias) Atos 9:15 (Paulo); 13:1-3 (Barnabé): somando 83 apóstolos. Passando a era apostólica deixaram de existir os sinais. Deve-se crer e servir a Deus por meio da fé obtida através da Palavra de Deus {Heb 11:1,6}. C. Sinais em geral1. Podem ser de falsos cristos e de falsos profetas: Mat. 24:24; Marcos 13:22 (Por exemplo: Mat. 7:22). Podem ser para provar - Deut 13:1-52. São procurados por uma geração má e adúltera: Mat. 12:38,39; 16:4; I Cor 1:223. Os sinais são para os infiéis: I Cor 14:224. O amor é maior que qualquer sinal: I Cor 12:31-13:13.5. A salvação é maior que qualquer sinal exterior pois salva uma alma da condenação. A salvação tem acontecido com maior freqüência e de uma maneira mais ampla que no tempo de Cristo e dos apóstolos. A salvação, através da obra do Espírito Santo, com a mensagem de Cristo, é uma obra que aqueles que crêem em Cristo farão “maiores do que estas (sinais visíveis) porque Eu vou para meu Pai”, João 14:12.6. O ministério dos apóstolos era a pregação do Evangelho e não sinais. Os sinais apenas confirmaram suas palavras (Mar 16:20)
III. A Palavra por Escrito
A. A Relação Íntima entre os Sinais e a Palavra de Deus1. Os sinais aconteciam com a finalidade de confirmar a palavra “anunciada pelo Senhor”, Heb 2:3,42. Deus ”dava testemunho à palavra da sua graça” pregada pelos apóstolos, através de sinais e prodígios, Atos 14:33. Paulo, um apóstolo, pregou o evangelho de Jesus Cristo “pelo poder dos sinais e prodígios”, Rom 15:194. Enquanto a Palavra estava incompleta, os sinais davam prova da Palavra de Deus (Mar 16:20; Rom 15:19). Paulo ensinou que quando viesse o que era perfeito (a Bíblia), o “em parte” (sinais) seria “aniquilado”, I Cor 13:8-12.5. Pela Bíblia podemos nos conhecer (Tiago 1:21-25; I Cor 13:12; II Ped 1:16-19). Tendo então uma revelação completa de Deus, não há mais um propósito para os sinais.6. Quanto mais o Novo testamento era escrito menor era o número de ocasiões em que eles aconteciam. O livro de Atos tem mais sinais que I e II Corintos, que tem mais que os livros que se seguem (I Tess - em Judas não há sinais).7. Se alguém quer um sinal, leia a Bíblia e veja os sinais nela contidos. Se esses não são suficientes, nada mais pode ser feito(Lucas 16:31, “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.”)8. Se alguém quer agradar a Deus, obedeça a Sua Palavra (Mat. 7:24-29), pregue a Palavra de Deus (I Cor 14:4; II Tim 4:2; I Ped 1:25), pois Ela é proveitosa para ensinar, reprovar, corrigir e instruir à perfeição (II Tim 3:16,17; Heb 4:12)9. O que está escrito é o suficiente para a salvação (João 20:30,31) e para nos ensinar e nos proporcionar esperança (Rom 15:4). Quem precisa de algo além disso?
10.Aquele que aumentar ou diminuir o que está\nescrito, é amaldiçoado (Gal 1:8; Apoc.\n22:18,19) B. A Importância da Palavra por\nEscrito1. Julga nos - João\n12:47-50; Apoc 20:12, “o da vida”2. Mostra nos\ncomo um espelho - Tiago 1:21-25; I Cor 13:123. Nos revela\nCristo - Rom 1:16; I Cor 15:3,44. Nos ensina\nà perfeição - II Tim 3:16,175. Alimenta nos - I Ped 2:2 (leite), Heb 5:12,14 (mantimento\nsólido)6. Descobre nos por inteiro - Heb\n4:12; Rom 7:7 Por tanto,\ntendo uma Bíblia completa, qualquer sinal ou prova além do que a\nBíblia contém despreza a própria Palavra de Deus por\nescrito. A procura por sinais coloca a Bíblia em segundo plano, em\nsuspeita e não onde ela realmente deve ser colocada: aceite-a como a\ncompleta e perfeita Palavra de Deus. IV. A Historia dos Sinais\ndesde o Novo Testamento A história, mesmo não vindo da inspirada Palavra de Deus,\ndiz algo sobre a continuidade dos sinais os evangélicos pelos\nséculos. Os historiadores seguintes após a era do Novo Testamento\nconstataram que terminaram-se os sinais especiais (John Crysostom e Agustine de\nHippo). Nenhum dos reformadores (em 1500) frisou a continuidade dos\nsinais. ",1]
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10.Aquele que aumentar ou diminuir o que está escrito, é amaldiçoado (Gal 1:8; Apoc. 22:18,19) B. A Importância da Palavra por Escrito1. Julga nos - João 12:47-50; Apoc 20:12, “o da vida”2. Mostra nos como um espelho - Tiago 1:21-25; I Cor 13:123. Nos revela Cristo - Rom 1:16; I Cor 15:3,44. Nos ensina à perfeição - II Tim 3:16,175. Alimenta nos - I Ped 2:2 (leite), Heb 5:12,14 (mantimento sólido)6. Descobre nos por inteiro - Heb 4:12; Rom 7:7 Por tanto, tendo uma Bíblia completa, qualquer sinal ou prova além do que a Bíblia contém despreza a própria Palavra de Deus por escrito. A procura por sinais coloca a Bíblia em segundo plano, em suspeita e não onde ela realmente deve ser colocada: aceite-a como a completa e perfeita Palavra de Deus.
IV. A Historia dos Sinais desde o Novo Testamento
A história, mesmo não vindo da inspirada Palavra de Deus, diz algo sobre a continuidade dos sinais os evangélicos pelos séculos. Os historiadores seguintes após a era do Novo Testamento constataram que terminaram-se os sinais especiais (John Crysostom e Agustine de Hippo). Nenhum dos reformadores (em 1500) frisou a continuidade dos sinais. BibliografiaA Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil; 1/94Gill, John, Gill’s Commentary of the Bible, Online BibleWolfe, Ronnie, Estudo sobre os sinais, EUA Missionário Calvin Gardner - Rua Santa Cruz das Palmeiras, 333 - 15.800-000 Catanduva, SP - (017) 523-2675http://www.obreiroaprovado.com/E-mail: wbtbrazil@usa.net Arquivo: milagres.doc/studies/special/assuntos/29 Junho 1997 - Catanduva, São Paulo
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/Seitas/ Pentecostalismo/ (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )

Dons Extraordinários




por


Moisés Bezerril



Falar sobre este tema é de muita responsabilidade. Hoje o que se vê nas Igrejas quanto à doutrina do Espírito Santo, e que é pregado, não é uma doutrina, uma teologia, mas praticamente é uma tradição pentecostal.
Quero inicialmente dizer que os pentecostais não são famosos por teologia; a formulação teológica nunca foi o “forte” do pentecostalismo. Desde os seus primórdios, eles gostam de dizer ao mundo que não gostam muito de teologia. Porém, hoje já se vê pentecostais que estudam, têm seminários, mas o início da história do pentecostalismo não é com raciocínio teológico, ao contrário, é com a “experiência” que vão dar sempre a formulação teológica. Dessa forma, não podemos procurar estudo substancial sobre este assunto na tradição pentecostal, pois não há profundidade. Consultei um comentário de seis autores de várias linhas teológicas sobre a questão do que significa que é “perfeito” em 1 Co.13 e o exame mais fraco do texto, o argumento mais fraco, é o pentecostal, é a análise pentecostal.
A Confissão de Fé de Westminster é decisiva sobre esta questão e é bom mostrá-la para que percebamos que não estou sozinho neste tema e nem é fruto de minhas “elucubrações” teológicas. Eu estou com a grande maioria dos teólogos reformados e puritanos do passado e de todas as épocas, como John Owen, Turrentine, Jonathan Edwards, Sinclair Ferguson e outros. Teólogos que na verdade tiveram uma compreensão bíblica e totalmente diferente do pensamento pentecostal. Isso pode ser intrigante porque há um autor (Caio Fábio), que no seu livro sobre o Espírito Santo diz que na época dos reformadores os dons não existiam na Igreja porque eles estavam preocupados com as grandes doutrinas que motivavam a luta entre a Igreja Católica e os reformados. Segundo ele, por estarem preocupados e envolvidos nesta luta, esqueceram-se dos dons. Isso leva-nos a concluir que os dons do Espírito seriam algo manipulável. Ou seja, seria afirmar que nós só recebemos dons quando a eles é dada a ênfase necessária. Mas a palavra “dom”, teologicamente, não encerra em si mesmo essa manipulação. Não vemos no Novo Testamento os dons serem algo da manipulação do homem. Ou seja, “se eu crer receberei, se eu der ênfase receberei”; não é assim! A própria palavra charismata, vem da palavra grega que significa dom imerecido. Não é algo que está na dependência de qualquer condição humana, como a salvação também não está. A palavra charismata vem da mesma raiz grega charis, que significa graça (“dom imerecido”).
Vejamos a Confissão de Fé de Westminster (também a Confissão de Londres —Batista de 1689) no seu primeiro capítulo Da Escritura Sagrada, parágrafo 1:
“...e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna a Escritura Sagrada indispensável, tendo cessado aqueles antigos modos de Deus revelar a sua vontade ao seu povo.”
A Confissão de Fé de Westminster é clara e definida quando diz que a Palavra de Deus é suficiente e indispensável. Deus hoje comunica a Sua vontade além de Sua Palavra? A Assembléia de Westminster diz: NÃO! Porque os antigos modos de Deus revelar a Sua vontade cessaram. E o que a Confissão de Fé tem a ver com esta questão toda? É que existe uma séria polêmica entre dois temas que são muito conflitantes. Eu pergunto: Como posso crer na suficiência das Escrituras para a vida da Igreja e crer ao mesmo tempo na necessidade dos dons espetaculares de 1Coríntios 12:1-11? Qual é o lugar da Palavra de Deus e qual é o lugar desses dons? Devemos entender que a Igreja de Corinto não é uma igreja da nossa época. Muitas pessoas olham para a igreja de Corinto como se estivesse vendo sua própria igreja, como se estivesse vendo a Igreja do século XXI. Mas não há igualdade. A igreja de Corinto era uma igreja de tradição apostólica, uma igreja que ainda não tinha a doutrina da nova aliança revelada, como nós a temos. Mas era uma igreja formada por pessoas que estavam “engatinhando” e que precisavam de edificação e alimento espiritual para suas vidas.
Aqui está a grande pergunta: Como os crentes de Corinto eram edificados se não tinham a doutrina da Nova Aliança? Alguém poderia dizer que eles tinham o V.T. É verdade, mas com a revelação de Cristo, toda a doutrina do VT agora toma uma tonalidade diferente, não em sua substância, mas na sua forma. E tem de haver uma aplicação desta verdade na vida prática dos crentes. Como isso é feito? O pastor chega no domingo, abre a Bíblia e vai falar sobre casamento lendo 1Co. 7 e percorre uma série de outros textos correlatos sobre o tema. Por exemplo: A mulher que se converteu ao cristianismo e o marido não, querendo, por isso, deixa-la. Há alguma orientação no V.T. para este tipo de problema? Não. A doutrina do V.T. é a mesma do N.T, só que lá ela é restrita à revelação dada ao povo de Israel. Mas agora novos problemas surgem com a entrada dos gentios na aliança e por isso é necessário que uma interpretação do V.T. seja trazida à luz da Nova Aliança para a nova Igreja depois de Pentecostes. Surgem problemas diversos. Como eles resolveriam problemas de dois povos diferentes que se juntam? Como se deve tratar os irmãos mais pobres no culto? Diante da revelação do V.T., como o povo seria doutrinado à luz da Nova Aliança sem Novo Testamento?
É muito fácil doutrinar a igreja hoje considerando toda revelação escrita. Mas naquela época os crentes necessitavam de uma edificação totalmente distinta do método de edificação de hoje. Na era apostólica a igreja dependia exclusivamente dos dons espetaculares do Espírito. Em 1 Co. 1:7 lemos: “...de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”. Muitas pessoas usam este texto para dizer que os dons podem ser manipulados. Como se Paulo dissesse: “Vocês dêem um jeito para que eles não faltem”. A tradução da língua grega é problemática, pois, na verdade algumas traduções dizem “não vos falta”. Aqui o verbo grego está no infinitivo, O problema é que existe uma partícula grega, um advérbio de negação (mê) que é sempre usado no subjuntivo e por isso fizeram esta tradução que comumente usamos:
“de maneira que não vos falte”. Mas o contexto imediatamente e o verbo estando no infinitivo dá a entender que Paulo está dizendo que o testemunho de Cristo está sendo confirmado em vós de “maneira a não faltar”. Qual é a prova que o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós? Que os dons estão presentes entre vós. Então, a Igreja tem estes dons espirituais. Corinto tinha estes dons espirituais. Poderíamos até perguntar: Será que as igrejas da Galácia, de Éfeso, Tessalônica não tinham estes dons? Só estavam presentes em Corinto? Todas as igrejas apostólicas tinham os dons espirituais porque era a única maneira da igreja do primeiro século ser edificada. Mas, porque Corinto se sobressai em relação aos dons espirituais? Porque este era exatamente o problema daquela igreja e quanto a ela Paulo diz que não deseja que seja ignorante acerca dos dons espirituais.
No capítulo 12 percebemos que Paulo diz que “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema Jesus! por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo”. Paulo começa a dizer que “os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do espírito é concedida a cada um, visando um fim proveitoso” (vs.1-7). O problema aqui era que os crentes exageraram na questão do dom de línguas e por isso há um capítulo inteiro sobre este ponto. Por quê? Porque o dom de línguas é um dom misterioso que trás revelação. E também um dom extraordinário, espetacular, que você vê. É um dom sensível e logo percebido. Em Corinto havia o mesmo problema de hoje nas igrejas carismáticas. Quem tivesse este dom era considerado o mais espiritual. É bom lembrar que o dom de língua é um dom-sinal, pois marca exatamente a transição dos oráculos de Deus que eram concedidos numa única língua ao povo escolhido e quando surgem os gentios falando das grandezas de Deus, Paulo lembra que língua é um sinal (sinal para os incrédulos —judeus — e não para os crentes).
Havia em Corinto esta questão de se pensar que o mais espiritual era aquele que falava em línguas. Paulo, então, afirma que os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. Era como se Paulo perguntasse: “Vocês pensam que a quem falta o dom de profetizar ou de fazer milagres, não tem o Espírito? É o mesmo Espírito que opera como quer”. A diversidade de dons não diverge na medida do Espírito.
Vamos ver alguns dons de 1 Co12, para edificação da Igreja, dons espetaculares e que trazem revelação.
A característica de um dom espiritual é trazer um fim proveitoso (v.7). Nenhum dom pode ser dado sem que haja um fim proveitoso. Muitos dizem ter vários dons mas, mesmo assim, não há proveito para a igreja. “Porque a um é dado, mediante o Espírito”:
1. A palavra de sabedoria. O que era esta palavra de sabedoria? Era exatamente aquela questão relativa a uma igreja que precisava de uma palavra de orientação. Como o pastor hoje orienta as suas ovelhas? Com a Bíblia, citando princípios bíblicos. Mas, se eles não tinham Bíblia completa, como o povo era orientado nas mais variadas situações? Como a igreja era dirigida com uma palavra de sabedoria. Esse conhecimento era apenas em parte, porque naquela época os irmãos saíam da igreja apostólica e chegavam em casa para ler algo incompleto. Sob a Nova Aliança eles liam o que? Não tinham ainda a palavra final para ler, mas necessitavam de orientação para a vida, necessitavam de sabedoria. Neste caso, era necessário que os crentes fossem para a igreja e esperassem que Deus trouxesse uma pessoa com dom de sabedoria para orientar a igreja em todas as áreas. Hoje nós temos a Bíblia completa, mas eles não. Eles tinham uma palavra que lhes era revelada porque não havia ainda princípios neo-testamentários para dirigir a igreja sob todos os problemas. Era necessário algo revelado por Deus, uma palavra de revelação.
2. Palavra de conhecimento. Como os crentes sabiam a respeito da ressurreição dos mortos; sobre a messianidade de Jesus; como eram doutrinados de tal maneira que Cristo fosse formado neles; como saberiam dos mistérios de Deus que nos edificam? Como isso era trazido para a Igreja? Resposta: Através de um irmão, dotado por Deus com esta palavra de conhecimento. Esta expressão grega é dom da ciência. Muita gente quando cita o texto, “havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas cessarão; havendo ciência passará” se refere equivocadamente à ciência como ciência tecnologia e quando esta “ciência” passar os dons passarão. Mas Paulo está falando de dom espiritual. Este é o dom do conhecimento. Esta pessoa se levantava para trazer doutrina revelada ao povo.
3. Fé. Esse dom de fé tem uma similaridade com o dom de milagres. Deus levantava pessoas na igreja e lhes dotava de um poder, de uma fé tão grande que eles criam contra a própria esperança, de tal maneira que estes crentes eram operadores de milagres. E o mesmo sentido daquele que tinha o dom de operar milagres. Alguns comentaristas dizem que esta fé aqui é a fé salvadora, mas não pode ser, pois é um dom que é dado a uns e não a todos os crentes. Paulo diz que é dado individualmente segundo a vontade do Espírito. Por isso Paulo pergunta: ‘‘por acaso todos têm estes dons?’’. Então o dom da fé era exatamente um dom miraculoso, uma fé que os autores não sabem bem definir.
4. Dom de curar. Este dom está tremendamente “amarrado” à questão da revelação. Todos estes dons são revelacionais. Nenhum dom aqui foi dado para a edificação da própria pessoa. Cada dom tem a função de ministrar para a Igreja e realizar uma grande obra em que Cristo deveria ser formado nas pessoas. Não pense que o dom de cura é dado só para curar. Infelizmente hoje há uma divulgação de um dom de cura que foi dado somente com o propósito, em si mesmo, de curar. Mas qualquer movimento em torno do dom de cura sem que haja uma grande revelação de Cristo na vida do povo de Deus, não é o dom de 1 Coríntios 12. Mesmo porque estes sinais de cura que se vê hoje não são unicamente vistos em 1 Co. 12, mas entre os pagãos também se vê muitos fenômenos. Porém, este dom é especial porque revela Cristo; este dom está “amarrado” a uma grande obra que Deus estava para fazer na igreja. O dom de cura era um dom revelacional. Era distinto do dom de cura propagado hoje, em que o pregador afirma numa reunião que alguém está com dor de cabeça ou com um problema sério e muitos (curadores) quando vão colocar o dom de curar em prática, o fazem diferentemente da época apostólica. Fazem uma “força” terrível: gritam, batem com o pé no chão, esmurram o púlpito, aumentam o volume do som, gritam no microfone, fazendo um barulho tremendo. O dom de cura não era assim. Aos que tinham este dom, eram-lhes revelados o momento e a quem deveriam curar. Nunca pensemos que a igreja era um hospital e que o dom de cura fora dado para que nela não houvesse doentes. Muitos servos fiéis morreram doentes e de todo tipo de doença, inclusive as chamadas incuráveis; ainda hoje é assim. Este dom de cura fora dado para que através de uma cura revelada, pessoas fossem curadas sem dificuldade alguma, sem ritual algum, sem necessidade de orações “especiais” como são feitas hoje pelos curandeiros. Por que o dom de cura era revelacional? Porque quando a igreja se reunia, Cristo tinha de ser destacado, Sua messianidade estava em jogo e devia ser provada. Mas se alguém pergunta: E se um missionário for a uma tribo distante e, para provar a messianidade de Cristo ele tivesse de realizar uma cura milagrosa? Eu responderia que hoje a Palavra afirma que Deus já cessou os antigos modos de revelar. E isto que nos diz a epístola aos Hebreus, capítulo primeiro.
Hoje nós temos a Bíblia completa, mas eles não. Eles tinham uma palavra que lhes era revelada porque não havia ainda princípios neo-testamentários para dirigir a igreja sob todos os problemas.
Não pensemos que vamos a qualquer tribo querendo as mesmas credenciais apostólicas. Não! Pode ser que Deus possa realizar ali um grande milagre e opere grandes curas, mas isso não quer dizer que Deus deu a alguém o dom de curar. O contexto de Corinto e da época apostólica é totalmente distinto da nossa época. Então, esse dom de cura era uma revelação que Deus dava a alguém de discernir se aquela pessoa iria ser curada, ao “estilo” dos apóstolos. Nunca se viu Pedro gritando e “batendo na cabeça do demônio”, batendo com a Bíblia na cabeça dos enfermos etc. Pelo esforço que muitos fazem vemos claramente que eles não têm dom de cura. Mas um apóstolo dizia: “Levanta-te”. Esse era o dom de cura que trazia no momento uma grande revelação do poder de Cristo e o Senhor era anunciado através disso. Então, todo e qualquer movimento de cura que seja um fim em si mesmo e destituído de Cristo, de anunciar Jesus, não tem nada a ver com o dom da igreja de Corinto.
Quando Paulo fala que o dom tem um fim proveitoso, ele não está dizendo que é um fim proveitoso para mim, mas para Igreja e para revelar Cristo. Por isso nenhum dom é considerado dom do Espírito se ele não revela Cristo. Vemos isso no v.3 de 1 Co.12 - “Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”. Qual é a maior evidência da presença do Espírito? É a presença de Cristo e sendo Ele formado em vós. Onde se dá a maior presença do Espírito? Onde as pessoas têm praticamente os mesmos princípios de Jesus, a mesma vida de Cristo, a mesma santidade. Quanto mais esta pessoa se torna parecida com Cristo mais evidência há de que o Espírito habita nessa pessoa.
Paulo diz que os dons espirituais não garantem isso porque a Igreja de Corinto estava cheia de problemas, cheia de pecados; uma igreja tremendamente problemática, carnal, cheia de criancice, mas tinha os dons espirituais. Posteriormente, Paulo irá dizer que o princípio regulador da presença do Espírito é o amor (Cap. 13).
5. Operações de milagres. Será que existem pessoas com este dom nas igrejas hoje? Já se ouviu de alguém que tem poder de multiplicar pães, de andar sobre as águas? Alguém que levante as mãos para o céu, enquanto a seca no sertão está forte, a lavoura está sendo dizimada, e a água caia inundando tudo? O dom de milagre é um agir contra a própria natureza. A que se chama de milagre hoje? As curas. Mas estes milagres são dádivas que Deus dá e que são um dom-sinal. Na verdade, a idéia de sinal está presente na era apostólica porque ele tendia a focalizar a Cristo para que o fundamento doutrinário dos apóstolos fosse estabelecido. Por isso havia necessidade destes sinais. Mas quando falei que o dom de língua é um dom-sinal é porque Paulo distingue todos os outros dizendo que “línguas” era um sinal para o judeu incrédulo. Observe que em Atos cap. 2,10 e 19, os encontros são sempre entre gentios e judeus. Não se vê “línguas” num contexto puramente judaico. E em Corinto está um exemplo disso, pois ali está uma igreja mista. Para eles o dom de línguas se constituía um sinal porque marcava esta passagem do povo que é rejeitado e do povo que é enxertado na oliveira. Esse povo, agora, na sua própria língua, fala das grandezas de Deus que era tão somente falada na língua do povo judeu. Este é o sinal, sinal de que Israel agora não é mais aquele povo que Deus tratava no V.T., mas agora trata Israel como uma nação incrédula porque rejeitou a Cristo. Qual a prova disso? Quando um judeu visse e ouvisse o gentio falando do evangelho na sua própria língua. Para isso ele teria que compreender a própria língua do gentio. Quando percebesse isso certamente abriria os olhos e diria: Mas a revelação não era só nossa, e como agora os gentios compartilham da mesma revelação?
Certo autor americano (Dr. Palmer Robertson) escreveu um livro com este título: “Línguas: Sinal de Bênção ou Maldição?”. Tudo porque “línguas” no primeiro século, para o judeu era sinal de maldição. E isto que Paulo está tentando trazer. Porque a igreja de Corinto está tão interessada em falar em línguas? Paulo diz: “irmãos, porque vocês estão tão interessados num dom que é um sinal, que serviu à nação judaica como sinal de juízo” (1 Co.14:21-22; Is.28:11,12).
Mas Paulo não está desestimulando a igreja para com o dom de línguas, pois naquela época este dom era necessário. Paulo não diz para os coríntios abandonarem o dom de línguas. Quando lemos esta expressão “procurai com zelo os melhores dons”, não entendamos que estes dons devem ser buscados e procurados. Esta tradução é uma má tradução do grego, pois no grego a palavra é “zelai ardentemente”. Paulo está dizendo: “irmãos, zelai ardentemente os melhores dons”. Mas porque Paulo usa a palavra “melhores”. Será que há dom melhor que outro? Não é isso. A idéia de “melhores”, aqui, é que em Corinto o melhor dom seria profecia porque até o momento o dom de línguas, que era conhecido do povo, era um dom que ninguém entendia (1 Co.14:2) e precisava de interpretação (v.5); um dom que estava sendo usado para edificação própria (v.4), que não falava a homens para edificação(v.2). Mas este dom não era para os homens? Se este dom não fosse para falar a homens não precisava de dom de interpretação. Se não fosse para homens, deveria ser
deixado de forma ininteligível. Mas dom de línguas foi para os crentes da época de Corinto, pois de outra forma o judeu não entenderia. Como seria um sinal para o judeu incrédulo? O dom de línguas tinha de comunicar alguma coisa.
Então, a palavra no grego “zelar ardentemente” significava manter alguma coisa funcionando bem. E como um carro que precisa de manutenção para manter a qualidade e funcionando bem. Este é o contexto de 1Co. Ali os dons espirituais não estavam funcionando bem. Por isso é necessário Paulo escrever 1 Co. 12,13,14, pois os dons em Corinto eram um problema. Paulo, então, diz: Vocês têm de zelar por estes dons e têm de ser os melhores (profecia) porque vocês estão precisando urgentemente de doutrina, precisam de revelação, a “coisa está frouxa”.
Paulo diz (1 Co.1): “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais (zelai ardentemente) ...“. A palavra “segui”, no grego é “persegui”. Paulo está dizendo que eles deveriam perseguir o amor que estava faltando e zelar pelo que já tinham (os outros dons). Uma coisa tem de ser perseguida e a outra tem de ser zelada porque já está presente. Este é o sentido do texto.
Analise todo o texto no grego e não encontrará esta idéia de se procurar dom. Paulo diz que o dom é soberano, é algo que é dado, que vem da graça.
6. Profecia. “A outro profecia”. Esta profecia era a pregação da Palavra de Deus sem nenhum estudo; sempre era o pregador que doutrinava a Igreja. Um tinha a palavra de sabedoria que orientava a igreja que precisava conhecer várias coisas; o outro era o dom de conhecimento que trazia grandes revelações sobre grandes doutrinas, sobre Cristo, Sua encarnação, etc. E o profeta era o “pregador” que pregava de tal maneira que Cristo fosse formado no povo, mas um “pregador” sem qualquer esboço neotestamentário, ou seja, a sua pregação era praticamente uma nova revelação que Deus dava ao povo. Então o povo tinha sabedoria para saber como ser orientado na vida. Mas naquela época não era como hoje se vê, uma espécie de cartomante. O profeta de hoje geralmente (o que diz ter dom de profeta) fala para as pessoas na igreja: “Meu servo, minha serva, você vai casar com fulano ou com beltrano...”. O interessante é que os dois dons mais problemáticos hoje são exatamente o de profecia e línguas e as pessoas procuram o profeta como um pagão procura uma cartomante para resolver seus problemas. Mas era assim em Corinto. O profeta naquela época era um pregador; um grande doutrinador que trazia à igreja uma palavra de revelação no contexto da nova aliança— isso o povo não conhecia. A diferença entre este dom de profeta e o dom da sabedoria era que o dom da sabedoria em certo aspecto era como o livro de Provérbios sendo aplicada no N.T. em que Cristo deve ser formado na vida das pessoas. E todo princípio que regula a vida espiritual do povo de Deus em relação a estas questões de vida espiritual tem de ser orientado em cima desta palavra “sabedoria” que era revelada. E diferente do dom da ciência, ou seja, os grandes mistérios, as grandes doutrinas da Nova Aliança que são trazidos e o profeta é aquele que prega para o povo. O profeta pregava sem nenhum esboço neotestamentário que é usado pelo ministro de hoje que pega um texto e usa-o para a pregação e edificação do povo. Mas naquela época o pregador usava o que? Podia usar o VT? Sim, mas as palavras que ele ia falar eram palavras reveladas porque aquelas verdades do VT teriam de ser enquadradas, ou até mesmo usadas pelo Espírito de Deus para que falassem sobre Cristo e isso sem um esboço neotestamentário.
7. Discernimento de Espírito. Não é discernir se uma pessoa está possessa ou não; se a pessoa está com espírito bom ou mau, não! E exatamente aquele dom que Deus deu para que o irmão julgasse a doutrina e a edificação da igreja. Nós vemos profetas sendo julgados. Não só os profetas eram julgados, mas também qualquer revelação trazida no contexto místico de Corinto. Sem o Novo Testamento a igreja não poderia caminhar com discernimento de espírito; sem ele a igreja estaria com as portas abertas para qualquer heresia. A cidade de Corinto um centro da filosofia clássica, semelhante à Alexandria de onde saíram os pensamentos de Clemente, Orígenes, que eram coisas estranhas à sã doutrina. Em Corinto encontramos um pensamento doutrinário que em muitos casos era praticamente um “casamento” da teologia com a filosofia. E neste contexto que se fazia necessário Deus levantar pessoas com dons espirituais para julgar e edificar a igreja. Os ministros e presbíteros hoje julgam, mas julgam a partir do que há na Bíblia completa. Mas naquela época como poderiam julgar os problemas doutrinários da igreja sem o Novo Testamento? Em 1 Co.12:10 vemos esta expressão “discernimento de espírito” que parece sem sentido, mas no grego é “julgar”, “julgamento de espírito”. E um juízo que é trazido (v.10). É um julgamento entre duas coisas — distinção. E, na verdade, julgara espírito. Esse irmão que tinha este dom era na verdade um juiz na igreja com respeito à doutrina na igreja.
8. Variedade de línguas. Mas que línguas são essas? O texto é muito claro que estas línguas não são línguas ininteligíveis. Por quê? Veja o nome do dom: “variedade de línguas”. Não é dom de língua e sim variedade de línguas. O que é uma variedade? Se você coloca no cesto vários tipos de laranjas estes tipos são diferentes e logo identificados: há uma variedade de laranjas. Só posso dizer que há uma variedade se eu consigo distinguir. Paulo está dizendo que há irmãos que têm o dom de variedades de línguas. Mas como Paulo poderia dizer isso se elas fossem ininteligíveis? Não poderia. Se for ininteligível como posso saber se é alemão, russo, inglês, francês... Não dá para saber. Se eu falasse cinco dialetos e os irmãos não entendessem esses dialetos, poderíamos dizer que há variedade? Variedade implica em que o dom de línguas não fossem línguas ininteligíveis, mas fossem várias línguas que uma pessoa tinha a capacidade de falar. Se fosse uma língua estática, sem sentido, Paulo certamente não diria “variedade de línguas”, porque fugiria até o propósito. Portanto são idiomas e podemos também concluir isso pelo que Paulo diz: “capacidade de interpretá-las”. A palavra grega para “interpretá-las” é a mesma para “traduzir”.
Em 1 Co. 14:26 lemos: “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro interpretação. Seja tudo feito para edificação”. Estes dons estão no contexto de revelação, são revelacionais, comunicam doutrina. As línguas também trazem revelação e doutrina. Observem que onde há língua, há interpretação. Não pode haver língua sem interpretação pois é contrário ao que Paulo ensina. Para que serve língua sem interpretação? Paulo diz que não tem fim proveitoso (v.6). Por isso a igreja não devia proceder assim. A igreja precisava disso para ser edificada.
O problema do povo de Corinto era que eles não davam importância ao dom de profetizar e por isso Paulo recomenda que eles “zelem com ardor” (“procurai com zelo”) o dom de profetizar (1 Co.14:39). Por que eles agiam assim? É bom lembrar que possivelmente a língua que eles falavam era um idioma pagão. Corinto estava inserida num mundo pagão, sua geografia era propícia a isso, e ali passava uma grande quantidade de pessoas de várias nacionalidades, era uma cidade portuária. Vejam que a Igreja mais problemática era a de Corinto.
A igreja era edificada dessa forma no primeiro século. A pergunta que temos de fazer é: Agora, na nossa época, os dons espirituais têm a mesma finalidade que tinham no primeiro século? A resposta é, não! Por quê? Porque o que a igreja conhece hoje é tudo através da Palavra. Nunca ouvimos que um profeta tenha trazido uma nova revelação necessária à igreja hoje. Os que têm surgido são para profetizar sobre a segunda vinda de Cristo e todos caíram no mesmo erro. Mas nenhuma doutrina foi trazida aos dias atuais, nenhuma grande revelação foi trazida por profetas nos dias de hoje. Os que ousaram fazer isso foram taxados de falsos profetas ou de mentirosos. Por quê? Porque, hoje, todo conhecimento que a igreja tem de doutrina e revelação está na Palavra escrita. Já ouviram de alguém na igreja que tenha o dom de sabedoria semelhante ao de 1 Coríntios? Não há, porque a sabedoria que for anunciada é toda retirada das Escrituras. E se os dons espirituais, hoje, trouxerem revelação como traziam em Corinto, Paulo diz: “Seja anátema”. Ele mesmo disse que se ele próprio pregasse outro evangelho, outra revelação, que fosse considerada anátema.
Se hoje alguém traz revelação nova, a igreja não pode aceitar; se ele traz a mesma revelação da Palavra, eu prefiro o que já está na Palavra. Cheguei à conclusão que “profeta” para os dias de hoje (como eram os profetas do passado) é uma necessidade para os irmãos que são preguiçosos, que não querem ler e estudar a Bíblia. Porque as profecias que os “profetas” trazem, ou são para revelar um problema das suas próprias vidas (e que não era este o contexto de Corinto) ou revelar problemas dos outros. Isso não quer dizer que esta pessoa tenha este dom profético, porque a igreja hoje não necessita destes dons para focalizar Cristo. Estes antigos modos de revelação de Cristo cessaram. A prova disso está em 1 Co. 13.
Moisés Bezerril é professor no Seminário Presbiteriano do Norte em Recife; Mestre em Teologia Sistemática pelo Centro de Pós Graduação A. Jumper (SP) e Ministro Presbiteriano.
Fonte: Revista Os Puritanos – ANO IX – No 04 – Outubro/Novembro/Dezembro 2001. Editora Os Puritanos – Páginas 26-31.


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