SEJA BEM VINDO, BAIXE OS MP3, PDF´S, ASSISTA OS VÍDEOS E SEJA MAIS UM SEGUIDOR DESTE BLOG, ESPERO QUE ENCONTRE O REAL ENTENDIMENTO DOS DONS EXTRAORDINÁRIOS ASSIM COMO A VALORIZAÇÃO DA "SOLA SCRIPTURA".

Daniel 9:24
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.

BONS ESTUDOS E NÃO ESQUEÇA DE BAIXAR O MAIOR NÚMERO DE ARQUIVOS QUE PUDER, LEIA, ESTUDE, MEDITE, ORE, CONGREGUE E SEJA CONSTANTE NA OBRA DO SENHOR!
MUITO OBRIGADO!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Eles quase foram espirituais, mas...

(uma perspectiva pentecostal da história)
Como seria bom, sim, como seria – se muitos homens do passado pudessem sentir o que sinto, pudesse falar em línguas e profetizar.
Quando penso nos cristãos perseguidos em todo império romano, aquele sofrer terrível, a pressão psicológica, as dores físicas, a perda de um ente querido, adultos e crianças, os imperadores e muitos mercenários não pouparam ninguém.
Depois as grandes lutas dos “pais” da igreja contra falsas doutrinas, contra o novo sistema religioso/cristão que se implantara com o Estado Romano, quanta divisão e confusão nesta época. Mas o tempo passou até que certa luz brilhou em meio a era das trevas, aliais, muitos focos de luz já brilhavam paralelamente à igreja (grande prostituta), os Valdenses e muitos dos Anabatistas, nomes como John Wycliffe e João Huss, logo depois outros lutadores surgiram, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e Erasmo de Roterdão. Fico imaginando as situações que estas pessoas passaram, irmãos sim, homens de fé, porém lhe faltava algo, como viviam sem os dons extraordinários? Bem, coisas que não entendo.
Não desejo pensar nada de mal contra tais homens, sei da importância de cada um destes homens na história, seus movimentos mudaram toda uma europa sem duvida alguma, no entanto, ao avaliar a explosão pentecostal de 1890 até os dias de hoje, esta mistura seria a ideal, os guerreiros poderiam estar também com o fogo.
Já como reformadores, senhores como Lutero, Calvino, Knox e os reformados da geração seguinte, John Owen e os puritanos, congregacionistas, batistas como John Gill e escritor do livro mais vendido em todo planeta depois da Bíblia, O Pelegrino, John Bunyan (este se levantou fortemente contra aqueles que a história relata e confirma foram nossos(pentecostais) antecessores os quakers), presbiterianos, os tão queridos e admiraveis irmãos moráveis, os metodistas, os grandes pregadores do avivamento John Wesley e George Whitefield, sem esquecer de mencionar do glorioso compositor Carlos Wesley que influencia o canto congregacional até nossos dias, na América um nome fez a diferença, Jonathan Edwards, muitos o tem como o maior nome da teologia depois de Paulo o apóstolo, Edwards é conhecido como o maior filósofo dos Estados Unidos além de ser chamado de o "teólogo do avivamento", mas mesmo assim ainda acho que eles não entenderam a grande benção de se obter a segunda benção, sim, John Wesley pode ter sido um pouco diferente de todos que eu disse até agora, claro, ele que iniciou o movimento holiness, sem duvida ele já estava mais encaminhado que todos os outros para obter as experiências pentecostais, mas ainda assim ele não foi um entendedor do assunto. O tempo passa e a história conhece o príncipe dos pregadores, sim, Charles Haddon Spurgeon, este muitos poderiam dizer, este foi o cara, vários livros, escola de pregadores, orfanato, teve peito para sair da convenção batista que fazia parte, pois não queria se sujar com as más doutrinas e costumes que ali se instalou, mas como pode este grande pregador não ter entendido o profetizar revelacional? Este mesmo chegou a afirmar: “a. Em uma quantidade de sermões testifica este mesmo ponto de vista. "Os apóstolos pregavam e foram homens escolhidos como testemunhas, porque pessoalmente havia visto o Salvador, um ofício que necessariamente desaparece apropriadamente, porque o poder milagroso também se retira". b. Não podemos esperar nem necessitamos desejar os milagres que acompanharam o dom do Espírito. As obras do Espírito que hoje são concedidos a igreja de Deus são em todo sentido tão valiosos como aqueles dons milagrosos anteriores que desapareceu da nossa presença. A obra do Espírito Santo mediante o qual os homens recebem vida de sua morte em pecado, não é inferior ao poder que capacitou os homens a falar em línguas".
Mas as coisas começaram a melhorar com Charles Finney e a inclusão do verdadeiro avivamento, mais humano, subjetivo, algo pessoal, pelo menos assim entendo com a história, logo tudo começou a mudar com pessoas como, Pastor Charles Fox Parham, “Irmã” Aimee Semple McPherson (notem, uma mulher, neste movimento não há preconceitos), William Joseph Seymour, Pastor A. A. Allen, Agnes Ozman (outra mulher!!!), o tão conhecido Pastor Jimmy Swaggart, sem contar os suecos que vieram para o Brasil Daniel Berg, Adolf Gunnar Vingren e Lewi Petrus Pethrus pelo lado das Assembléias e os italianos Louis Francescon e Giuseppe Beretta pelo lado da Congregação Cristã. Homens que tinham como base as grandes experiências do falar em línguas, profecias e curas. Não estou nem pensando em desmerecer aqueles homens do passado que aqui fiz questão de nota-los, realmente foram significativos para a história do cristianismo mas o movimento pentecostal mudou tudo, a segunda benção, o poder e o vigor vindo do alto... Sim, isto é para os dias de hoje, mesmo todos estes teólogos e pregadores terem negado a conteporaneidade dos dons que encontramos em Coríntios, bem, amo a história da igreja e digo, esta nunca esteve tão firme como hoje, ministérios invadindo Camburiu, São Paulo tremendo, homens mesmo sem muito ensinamento teológico mas com ânsia de evangelismo virando missionários e conferencistas, que glória! Ainda existem os “tradicionais”, sim, respeito de todo coração, mesmo não me cumprimentando na “Paz do Senhor”, são pessoas que merecem nossa atenção, hoje existe até grupos que se auto-denominam pentecostais-reformados e reformados-carismáticos, não sei o que Lutero e Calvino achariam disto visto que estes eram tão “Sola Scriptura”, mas os dias de hoje são assim mesmo, temos que buscar a verdade onde quer que esteja, temos que ser verdadeiros evangélicos meio a tanta confusão. Só peço e oro por mais avivamento profético e união das denominações, pois sei que a história da igreja cristã andará mais firme com línguas e profecias que voltaram a todo vapor a pouco mais de 110 anos. A história só esta começando, muitos quase foram espirituais, mas... sou mais o pentecostalismo de Parham.

Marcel Lira

2 Pedro 3
1 ¶ Amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero;
2 Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.
3 ¶ Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências,


2 Timóteo 3
1 ¶ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
7 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.


2 Tessalonicenses 2
1 ¶ Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,
2 Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
3 ¶ Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
4 O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
5 Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
6 E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado;
8 E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
9 A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
10 E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
11 E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
12 Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.
13 ¶ Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
14 Para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15 Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
16 ¶ E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
17 Console os vossos corações, e vos confirme em toda a boa palavra e obra.


Mateus 24
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.
13 Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

VOCÊ FALA A LÍNGUA DOS ANJOS?

VEJA QUANTAS PESSOAS "FALAM" A LÍNGUA DOS ANJOS SEGUNDO ESTA ENQUETE!
AS QUESTÕES SÃO DUAS, 1º O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE LÍNGUAS DOS ANJOS, 2º MAS NÃO MENOS IMPORTANTE, AS PESSOAS QUE DIZEM FALAR TAL LÍNGUA OU TER TAL DOM, TEM UMA BASE BIBLICA SOBRE TAL TEMA OU VIVE NO "ACHO", "EU CREIO", "EU SINTO", ASSIM, IGNORANDO OS TEXTOS DA SAGRADA ESCRITURA?

(CASO ESTEJA DIFÍCIL PARA ENTENDER, A PERGUNTA É, VOCÊ JÁ OROU EM QUAIS LÍNGUAS? GANHADORA DISPARADA ATÉ ENTÃO COM 124 VOTOS, A LÍNGUA DOS ANJOS!

NOME DA COMUNIDADE: "EU FALO LÍNGUAS DE FOGO" VEJA O SIGNIFICADO DESTE FOGO QUE TANTA GENTE PEDE CLICANDO AQUI!

O QUE É A FALA DOS ANJOS?
Por John F. MacArthur Jr.

Se a Bíblia faz referência às línguas como linguagem humana normal, então, a que se refere I Cor. 13:1? Paulo disse que se falasse a língua “dos homens e dos anjos” mas não tivesse amor, seria apenas um bocado de barulho. Será que as “línguas dos anjos” poderiam ser entendidas como fala extática que os carismáticos dizem ser o verdadeiro dom?
Um problema com a tentativa de igualar a algaravia extática em I Cor. 13:1 com o dom de línguas é que não encontramos menção alguma de “fala dos anjos” em qualquer outro lugar da Bíblia. Realmente o que encontramos é anjos comunicando com seres humanos através da linguagem humana normal. (veja, por exemplo, Lucas 1:26 em diante). A única outra forma de linguagem encontrada nas Escrituras além da língua humana é aquela USADA PELO Espírito Santo em Romanos 8:26, quando ele comunica nossas necessidades ao pai com gemidos inexprimíveis.
O que Paulo estava dizendo aqui? Não estava declarando uma realidade de fato. Estava usando uma hipérbole – um exagero – a fim de ressaltar um fato. No grego os versos 2 e 3 de I Cor. 13 usam verbos subjuntivos. Normalmente, quando se usa subjuntivo no grego, indica uma situação improvável, hipotética e hiperbólica. Para mostrar a necessidade primordial do amor. Paulo estava estendendo seus comentários a respeito da linguagem ao limites máximos. Estava dizendo: “Não importa quão refinada, milagrosa ou maravilhosa seja sua maneira de falar – mesmo que você pudesse falar – se você não tiver amor, você não é nada mais que um barulho”.
Embora seja difícil fazermos uma ligação absoluta, é fascinante notar que duas das religiões de mistérios, comuns naquela região do mundo, tinham dois deuses falsos chamados Cybele e Dionísio. E na adoração das divindades falsas usava-se o balbuciar extáticos acompanhados de batidas de cimbalos, gongos e trombetas em clanglor. Não temos nenhum meio de garantir que Paulo tivesse em mente tais religiões de mistérios quando escreveu I Cor. 13:1, mas é bastante provável que estivesse em mente a corrupção do dom de línguas ao escrever essa secção da carta à igreja de Corinto.
Se o principal propósito das línguas (línguas conhecidas) era sinal para Israel descrente, conforme I Coríntios 14:21-22, então a única ocasião em que línguas poderiam ter significado para o crente seria quando elas fossem traduzidas. Dizer que o dom bíblico de línguas é a linguagem extática usada hoje pelos carismáticos em suas devoções particulares é forçar um significado no texto bíblico que não esta lá.


http://br.groups.yahoo.com/group/batistas-reformados/files/
Do livro “os carismáticos” editora fiel pág 156.


Queria muito comentar, mas está difícil aguentar tanta coisa errada, tanta gente complicando a simplicidade do Evangelho... continuemos orando, lutando pela sã doutrina, amando e com humildade crescendo em Cristo. Fica minha nota de tristeza e preocupação.

OBS.: QUANDO A BÍBLIA FALA O HOMEM CALA!!!

Marcel Lira

sábado, 12 de dezembro de 2009

Porque não posso ser mais Pentecostal/Carismático

Breve testemunho!

O tema em questão é algo muito polêmico, para mim foi até que pelas Escrituras encontrei as respostas, acredito que este tema tem sido o motivo de tanta confusão e separação no meio “evangélico” nos últimos 100-110 anos. Não faz parte de meu objetivo impor algo aos leitores, não desejo passar minha “confissão de fé” e fazer com que creiam em tudo, pelo contrário, assim como todos estou aprendendo a cada dia.

Houve um tempo e de certa forma ele ainda se faz presente em que desejava respostas, não só uma, mas várias, eu como um típico pentecostal que era, fui batizado no ES, falava constantemente em línguas e claro, era um exemplo de benção para minha comunidade. Evangelizava, levava pessoas para igreja (talvez um dos jovens que mais fez isto). Era um rapaz que seguia a cartinha ou pelo menos tentava, alguém pode dizer; “mas isto não é o pentecostalismo”, bem, então diga isto para 98% das igrejas pentecostais em todo mundo, pois quem já participou de vários congressos, manhãs de avivamento, evangelismo no bairro, visitas nos lares, campanhas de várias coisas, sabemos muito bem que poucos dos pentecostais saem deste padrão (alienação), são pessoas que são honestas com a Palavra, que tentam realmente seguir o que a Bíblia diz sem fazer parte do sistema farisaico de muitos pastores e lideres que são autoritários e inflexíveis (cada um dos leitores deve ter algumas boas histórias sobre isto) e é fato, mesmo existindo a “classe” tradicional, histórica, clássica e como alguns chamam, descentes, em alguns pontos de suas doutrinas não estão certos, pregam coisas como perca da salvação deixando dezenas de versículos de lado e seus contextos, como por exemplo João 3.16 ou ainda 1 João 1.9 e Efésios 4.30 (quem os lerá?), sim, alguns dizem acreditar que a Bíblia é a autoridade absoluta, mas aceita novas revelações e boa parte de cunho subjetivo para fins pessoais. (caso fossem verdadeiros (o que não são) deveriam edificar a igreja e não emocionar o individuo)

O tempo passou, veja só que interessante, eu e minha namorada (hoje esposa), minha cunhada e outra irmã fomos evangelizar um vilarejo que beira a Rodovia Anhanguera em SP, entre as cidades de Cajamar e Jundiaí. Iniciamos o trabalho e até conhecemos uma família que estava começando uma igreja nesta vilazinha, oramos com eles e seguimos andando pelas poucas ruas e trilhas deste retirado lugar. Falamos de Jesus para um bom número de pessoas, oramos por algumas delas e para mim, mesmo fazendo o que estava fazendo tinha algo que estava errado, saí de lá com uma pulga atrás da orelha, isto que acabei de fazer não sabia se foi feito segundo o ensinamento bíblico de fato e perguntas surgiam em minha mente, até que recebi um e-mail que se tratava de um curso de evangelismo bíblico de 3 dias em São Paulo, me inscrevi e fui, graças à Deus que fui neste curso pois minha postura mediante a Palavra de Deus e seus preciosos ensinos começou a mudar naquele instante, para quem deseja saber, o curso fora baseado neste site EVANGELISMO BIBLICO. Sem duvida o melhor sobre o tema em língua portuguesa.

Com o passar dos meses comecei a procurar saber mais sobre os temas “novas revelações”, línguas, profecias, visto que agora o valor pela Palavra era outro, com isto precisava me aprofundar nos tais temas, já tinha conhecido do livro de Wayne Grudem defendendo a posição pentecostal contemporânea além de viver boa parte de minha história na Assembléia de Deus, vendo e participando de tudo. No inicio de minhas leituras, estudos e meditações não aceitava tudo que lia e ouvia ou, simplesmente, não entendia o porquê dos dons deveriam ter cessado, mas aos poucos fui lendo mais e persistindo em ver o outro lado da moeda e num dia que nem deseja ter esta resposta, lendo Isaias vi claramente este rico texto tão claro que regozijei em minha alma (pelo que lembro fiquei sorrindo sozinho e exaltando à Deus por ter me mostrado tão grande e indiscutível verdade).

Medite no texto que segue:

“Isto é uma citação do profeta Isaías. Leiamos as palavras em Isaías 28.11,12, “Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir”. Isaías profetizou antes e durante o cativeiro Assírio do reino do norte de Israel. Ele pregou as mensagens proféticas de Deus tanto a Israel como a Judá. No capítulo 28.1-13 ele repreende o reino das Dez Tribos de Israel, aqui chamadas Efraim, pelo seu pecado de não escutarem a mensagem que o Senhor lhes enviou. Esta mensagem tinha sido enviada repetidas vezes e do modo mais simples, e, claro, na sua própria língua por meio dos profetas Hebreus. A rejeição contínua a que votaram a mensagem divina fez com que agora fossem levados para a Assíria. Lábios gaguejantes e uma outra língua – a dos seus captores – seria a mensagem de juízo de Deus para com eles. Eles não quiseram escutar a chamada de Deus ao arrependimento, ao refrigério e ao repouso, na sua própria língua; agora teriam que ouvir a Sua mensagem de repreensão numa língua diferente.
Foi este versículo que inspirou Paulo em I Cor. 14.21. A língua estranha dos Assírios era o sinal de Deus para Israel que indicava a rejeição deles nos dias de Isaías. Era uma mensagem de juízo. As línguas estranhas escutadas no dia de Pentecostes – que eram provavelmente 14 – foi o sinal de Deus para Israel de que eram de novo rejeitados e que a mensagem do evangelho ia agora para os gentios na sua própria língua. Assim, parece ser bastante claro que os descrentes em I Cor. 14.22 refere-se ao povo Judeu. Os sinais estão sempre relacionados com Israel; não com a Igreja. Paulo não deixa disso qualquer dúvida quando diz aos Coríntios que «os Judeus pedem sinal». Em cada uma das 3 ocorrências de línguas no livro dos Atos (2, 10,19) elas são um sinal para os Judeus incrédulos. Nas 3 passagens há um elemento comum: há Judeus em todas elas.”

Este foi o meu inicio para esta sã doutrina, eu que já “profetizei”, “sonhei”, tive “visões”, falei em “línguas” e tudo mais... Deus me deu alivio e paz no coração mediante sua Palavra, por isto posso dizer em alta voz estes versos em salmos 19:

A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.

Ou seja, não creio no batismo no ES tendo como evidencias as línguas, mesmo porque Paulo deixou claro que devemos reconhecer um irmão pelos frutos Gl. 5 e que nem todos falavam em línguas em Coríntios e dá a entender em qualquer cidade e comunidade onde havia cristãos nem todos falavam em línguas, imagine hoje o Apostolo chegar em uma Convenção Pentecostal e afirmar que nem todos devem falar em línguas mas buscar a excelência do amor, imagine o problemão que muitos teriam que resolver! 1º Cor. 12.28-31:

E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?
Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?
Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

Obs1.: Línguas esta listada como uma das últimas nesta relação, que coisa não???


Todavia, creio no batismo com ES na conversão do pecador:

Romanos 6.1-4:

Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?
De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.



1 Coríntios 12:13:

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

Gálatas 3:27:

Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.

ou ainda


Efésios 1.13


Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.


Obs2.: Sei que não são todos, mas com todas estas passagens ainda tem pessoas que acreditam que o crente pode ser possesso por demonios (mesmo sendo uma "doutrina" do neo-pentecostalismo ela está grandemente divulgada entre os pentecostais), impossivel, sofrer opressões e tentações, sim, possessos impossivel, SELADO tanto para o que esta dentro quanto para o que esta fora, e lembremos:


1 João 4.4

Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.

Sei que muitos passaram pelo que passei, outros passarão e é evidente que milhares estão passando e é por este motivo que criei este blog, para ajudar aqueles que viram os males da doutrina pentecostal, 100% experimental e subjetiva, que Deus ajude a todos quantos estiverem buscando a clareza das Escrituras. Continuo tendo amigos(irmãos) de coração que são pentecostais (tanto é que no momento em que escrevo este testemunho faltam 6 horas e 27 minutos para o casamento de um irmão que mesmo eu não estando congregando mais na Assembléia me convidou e eu carinhosamente irei), amo minha família e familiares que são maioria pentecostal, pois sei que pela graça Deus salvou muito deles, mas não posso negar passagens como:

1 Timóteo 4:16
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

Gálatas 1:9
Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.

Atos dos Apóstolos 20:30
E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.

1 Timóteo 4:1
Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;

2 João 1:9
Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.

2 Timóteo 3
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,
Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;
E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

Hoje sou criticado por desejar olhar e conferir na Palavra de Deus, as doutrinas e ensinamentos antes de começar uma conversa, já fizeram comentários que eu ERA uma pessoa espiritual e coisas do genero. Querido leitor, poderia escrever muito mais sobre meu testemunho e colocar dezenas de passagens bíblicas que colaborariam para esta posição que abordo, mas o objetivo é deixar claro que tenho um real motivo para batalhar ainda mais pela sã doutrina, mesmo sabendo que alguns dos pentecostais são sérios e sinceros, não significa que estão certos neste ponto, assim sendo, peço que baixem os arquivos disponíveis e tenham um ótimo estudo.

Deixo duas sugestões, 1 livro e um link:

1º INDICAÇÃO

2º INDICAÇÃO

Estude e nunca deixe de congregar, batalhar pela fé e evangelizar.

Paz

Por Marcel Lira
Obs3.: É por tudo isto que não posso ser mais Pentecostal/Carismático;
não tem como contextualizar biblicamente os dons que teve seu propósito para os dias de hoje
a Palavra é suficiente para o crente, tanto para esta vida quanto para o porvir
a verdade não parte de minha experiência mas sim da doutrina, ou seja, desejo mesmo sendo um falho pecador, obedecer a Palavra e não minha mente, meu coração, minha carne ou aos homens!
Deus diz que seremos conhecidos pelos frutos e não pelos dons
O batismo no ES com evidencia em línguas é oriunda do movimento de "santidade" assim sendo, nem erro doutrinário é pois não tem a Palavra como base, fica certo então que a segunda benção do movimento pentecostal conhecido como o "falar em línguas" é uma invenção humana de fato!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Arthur Pink: os ofícios e dons extraordinários

COMO A PALAVRA É CLARA, AINDA MAIS SOBRE ESTE ASSUNTO


Rev. Professor Francis Nigel Lee


O mundialmente famoso erudito bíblico do século vinte, Rev. Arthur W. Pink, dentre outros, foi autor de um livro intitulado The Holy Spirit. Ali, ele escreveu(2): “Assim como havia ofícios extraordinários (Apóstolos & Profetas) no começo da nossa dispensação, existiam dons extraordinários”. E visto que não fomos apontados como sucessores para os ofícios – portanto, nunca foi intencionada uma continuação para os dons.


“Os dons [para a sua transmissão] eram dependentes dos oficiais. Não temos mais os Apóstolos conosco… Portanto, os dons sobrenaturais – a comunicação dos quais era uma parte essencial dos “sinais de um Apóstolo” (2 Coríntios 12:12) – estão ausentes”.

O Paradoxo Pentecostal


Há cerca de um século, o mundo protestante se viu invadido por um movimento avivalista que recebeu o nome de movimento pentecostal. Este recebeu tal título por supostamente basear-se nos fatos acontecidos no célebre dia de pentecostes que ocorreu após a ascensão de Cristo aos céus, e que é detalhadamente explicado no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos. Segundo seus propagadores todo crente deveria buscar a mesma experiência vivida pelos apóstolos nesse dia, ou seja, segundo eles todos devem falar em línguas (alguns também chamam línguas estranhas). E ainda, segundo suas idéias, isso se dá o nome de batismo com Espírito Santo. Todo crente deve, segundo a doutrina pentecostal buscar essa experiência. Como já dissemos, praticamente um século se passou e muitos, extremamente mal instruídos e preparados não se aperceberam de que o referido texto não fala em batismo. Que essa experiência só se repetiu mais duas vezes, em cumprimento a uma profecia de Jesus. E que falar em línguas é um dom do Espírito Santo, como o são outros oito descritos em I Coríntios 12. Outros líderes, entretanto, mesmo sabendo do engano, seguiram com a doutrina equivocada, mesmo porque já era tarde para reparar o equívoco. Afinal, como explicar para os milhares de membros das denominações pentecostais que eles foram ensinados errado até agora? Seria como se um padre viesse a público e dissesse: não adorem Maria, foi tudo um engano! imagine o caos.

Teólogos renomados, no afã de defender suas fileiras chegaram ao cúmulo de afirmar que só quem fosse batizado com o Espírito Santo, ou seja, falasse em "línguas estranhas", poderia estar à frente do trabalho do Senhor. Coitados. Esqueceram Lutero, Calvino, Spurgeon e Martin Luther King, só para citar os óbvios, que nunca falaram nenhuma língua estranha e tocaram a obra cheios da unção de Deus.

Com o advento do pentecostalismo passou a se ver nas igrejas algumas coisas nunca vistas antes. O que antes era um culto racional tornou-se um centro de emocionalismo exacerbado, onde na grande maioria dos casos as pessoas quase nunca conseguem ouvir a pregação da Palavra de Deus. A coisa chegou ao ponto de pastores recriminarem irmãos que não choram na hora do culto. O barulho alcançou decibéis muitas vezes insuportáveis, e é de se imaginar nesses momentos como Jesus ou Paulo pregavam. Alguém poderia imaginar o Rei dos Reis pulando e correndo enquanto pregava o evangelho da salvação? Ou mesmo Paulo de Tarso pulando em um pé só ou atirando-se ao solo urrando ou gemendo? Mesmo Lutero, será que entraria por essa linha? Essa modificação homilética chegou com o pentecostalismo, que confundiu pregações avivadas, como as de Wesley, com barulho emotivo e vazio. Eis a primeira contribuição prática do movimento. Passagens com Eclesiastes 5:1,2; Habacuque 2:20; Romanos 12:1 e I Coríntios 14:40, perderam completamente o sentido, sendo sumariamente ignoradas.

Com o tempo a coisa foi piorando. Além da exigência infundada de que as pessoas deveriam buscar a todo custo algo que elas já teriam (o batismo com o Espírito Santo), os cultos passaram a ser classificados. Culto frio: onde se prega a Palavra de Deus de forma clara e fiel, sem invenções ou arroubos. Culto quente: onde as pessoas gritam, pulam e se descabelam. Sobem nas cadeiras, saem correndo pela igreja, sacodem uns aos outros e coisa pior. A lista é grande. Lembrando sempre: estas coisas se dão dentro da Casa de Oração do Senhor dos Exércitos. A Palavra de Deus foi perdendo terreno aos poucos. As visões, profecias, arrebatamentos e outros sinais, além das línguas passaram a ser componentes indispensáveis para que um culto fosse considerado com !unção?

Além disso, surgiu uma teologia estranha à Bíblia acerca de vestes, que logo se tornou uma imposição farisaica, e que persiste até hoje.

Interessantíssimo é ver que igrejas da mesma denominação, associação ou convenção, que são regidas pelo mesmo estatuto ou regimento interno, não pregam a mesma coisa. Em uma igreja mulher é obrigada a usar saia. Em outra pode usar calça. Em algumas, brincos são permitidos, em outras são vistos como coisas de satanás. Mas final, não são os líderes mensageiros de Deus? Terá Deus duas palavras? Acredito que não. Algo está errado. Depois de anos e anos de perseguição, as denominações pentecostais estão sendo desmascaradas nesse ponto. E como ficam os crentes de décadas passadas, que foram sumariamente perseguidos por seus líderes nessa questão, e que hoje vêem as coisas mudadas? Será que há trinta anos Deus proibiu uma coisa e hoje esse mesmo Deus liberou-a? Ou será que na verdade não era a voz de Deus que estava falando, e sim a voz do homem?

Observe uma igreja tradicional (por exemplo, uma Presbiteriana ou uma Batista) e veja quantas vezes ela mudou sua declaração doutrinária. Agora veja as igrejas pentecostais e analise a mesma coisa. Estão muito diferentes de quando foram fundadas. Que doutrina é essa?

A partir da metade do século XX algo começou a mudar. Igrejas tradicionais começaram a embarcar nesta onda. O que antes era restrito às denominações pentecostais espalhou-se no meio reformado de raiz. E o que aconteceu? Rachas atrás de rachas. Uma pergunta: Deus se alegra com divisões? E o que o movimento pentecostal mais trouxe ao Brasil? Isso mesmo: divisões. Só para citar um exemplo, a maior igreja pentecostal de Brasil surgiu de uma divisão, quando dois missionários suecos causaram um racha em uma igreja tradicional em Belém (PA) e levaram consigo 19 membros da igreja alheia. Foi isso que Deus os mandou fazer no Brasil? Até onde sabemos missionários andam em busca de almas perdidas, e não daquelas que já estão convertidas.

Quando o movimento invadiu o meio tradicional foi um Deus-nos-acuda! As divisões foram inevitáveis. E então começou um processo chamado tiro no pé. O raciocínio é simples. Assustados com o crescimento vertiginoso das denominações pentecostais, pastores tradicionais se sentiram diminuídos, e passaram a entender que, se cresciam os avivados, é porque o movimento devia estar correto. Tolinhos. As religiões que mais crescem no mundo são o islamismo, o mormonismo e as Testemunhas de Jeová. Estão eles certos porque crescem muito? E a igreja evangélica que mais rápido se expande no Brasil é a IURD. Vamos adotar suas práticas estranhas ao evangelho por isso? Esse foi o erro da igreja tradicional. E que vem persistindo.

Mas o mais engraçado, é que quando os tradicionais se tornaram pentecostais, em alguns aspectos acabaram se tornando ainda mais exagerados em suas celebrações. O culto santo, racional e reverente de adoração a Deus tornou-se, com o perdão da palavra, uma baderna generalizada. Abraçaram práticas descabidas como quebra de maldições hereditárias e intervenções territoriais completamente equivocadas, unção de objetos e outras coisas. E ai de quem disser o contrário. É frio, incrédulo, tradicional e outros rótulos menos dignos. Está quase desviado. Simplesmente porque só quer ouvir a Palavra de Deus.

Chegamos ao século XXI com uma situação que seria constrangedora não fosse tão ridícula. Os pentecostais querendo regular a bagunça que criaram. Basta ler os livros da nova geração de pastores e teólogos oriundos do movimento para ver suas preocupações. Basta dar uma olhada em títulos como "O Evangelho que Paulo Não Pregaria" e "Erros que todos os Pregadores Devem Evitar." Orientam contra profecias, visões, exageros, pregações teatrais, arrebatamentos, anjos, etc. De repente estão ávidos por Palavra, ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas. Só esquecem de dizer uma coisa: Perdão.

Também não tocam na questão das línguas estranhas, que eles transformaram em dogmas. Aí também já seria demais. A igreja foi fundada sobre esta pedra. Retirá-la seria fatal.

E hoje o quadro hilário é esse. Os tradicionais querendo cada vez mais ser pentecostais, porque querem suas igrejas cheias a qualquer custo, esquecendo-se das palavras do próprio Cristo em Lucas 12:32 (Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino). E os pentecostais querendo a todo custo trazer um pouco da reverência tradicional para dentro de suas igrejas, sendo que foram eles mesmos os responsáveis por sua retirada. É pra rir ou pra chorar?
Autor: Missionário Neto Curvina
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dons Apostólicos


Rev. Ronald Hanko

Os dons apostólicos incluem coisas tais como falar em línguas, milagres e curas (aqueles que promovem a assim chamada “Bênção de Toronto” alegam até mesmo a autoridade apostólica para aberrações tais como riso santo e cair no Espírito). Deveríamos esperar e orar por uma manifestação de tais dons hoje?
Cremos que tais dons, como dons do Espírito de Deus, cessaram desde a morte dos apóstolos e o fechamento do cânon da Escritura. Se tais coisas continuam hoje, e não são pura fraude ou mero fenômeno psicológico, então são obra de outros espíritos que não o Espírito Santo (2Ts. 2:9).† Dizemos isso sobre a base da própria Escritura.
A Escritura chama tais dons de “sinais dos apóstolos” em 2 Coríntios 12:12. Isso significa que eles pertenceram somente aos dias dos apóstolos. Na realidade, não existe nenhum registro na Escritura desses dons sendo conferidos por alguém que não os apóstolos (cf. especialmente Atos 8:14-17). Só isso já deveria ser prova suficiente que eles cessaram com a morte do último dos apóstolos. Em todo o caso, crer e buscar sua continuação é negar a suficiência da Escritura (2Tm. 3:16-17; Ap. 22:18-19).
A Confissão de Fé de Westminster diz: “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens” (1:7). Esses dons foram dados apenas como sinais para acompanhar e testemunhar o ensino e pregação dos apóstolos, enquanto as Escrituras ainda estavam incompletas (Hb. 2:3-4). Agora que temos a Palavra de Deus completa, inspirada e infalível, não somente não precisamos desses sinais, mas pedir o seu retorno seria mostrar nossa rejeição em receber e crer nas Escrituras como a Palavra todo-suficiente de Deus.
Não somente isso, mas a própria Escritura nos diz que ela é melhor que tais coisas. Em contraste com ver Jesus pessoalmente, mesmo quando se transfigurou no monte, a Escritura é uma “Palavra mais firme” (2 Pedro 1:19).‡ Atentemos então a ela, e não busquemos o retorno dos dons apostólicos. A Escritura é capaz de nos fazer “sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2Tm. 3:15).


O que mais precisamos?



Fonte: http://www.cprf.co.uk/
* E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em setembro/2007.
† “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira”.
‡ “Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês” (NVI).

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

OS APÓSTOLOS E OS DONS


O século vinte tem testemunhado o crescimento daquilo que muitos defendem ser os dons milagrosos do Espírito Santo. Depois de aproximadamente 1800 anos de silêncio, no meio do cristianismo bíblico, os dons apostólicos "supostamente" retornaram. Este fenômeno tem influenciado tanto a corrente de pensamento religiosa de nossos dias, que alguns ficam surpresos ao serem confrontados por alguém que ouse questionar a validade ou autenticidade desta afirmação. Nós desafiamos qualquer cristão sério a olhar para esta doutrina á luz das Escrituras e a perguntar honestamente: "Os dons milagrosos dos apóstolos retornaram?" Para respondermos a esta pergunta, nós devemos olhar para as Sagradas Escrituras, que é a nossa autoridade final.

Estas três listas de dons são encontradas no Novo Testamento:




Ao examinarmos esta lista, encontraremos alguns dons que são miraculosos ou extraordinários (em negrito) e outros não são milagrosos ou ordinários (não em negrito). O nosso propósito é tratar dos milagrosos ou extraordinários. Assim, dividiremos estes em quatro partes.


I. Apóstolos


1- Quem eram eles? O termo "apóstolo" literalmente significa mensageiro, alguém enviado ou delegado. Ninguém podia ser um apóstolo pela própria vontade ou desejo, eles deveriam ser pessoalmente chamados pelo Senhor Jesus Cristo para este ofício. "E, quando já era dia, chamou os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos" (Lucas 6:13). Todos eram homens, não havia nenhuma mulher chamada para ser "apóstolo".


De acordo com o Livro de Atos 1:21-22, para que alguém se tornasse um apóstolo, era necessário ter sido testemunha ocular durante todo o ministério público de Cristo incluindo depois da Sua ressurreição.


Foi permitido a igreja primitiva nomear diáconos (Atos 6:5) e anciãos (Atos 14:23), mas eles não podiam nomear apóstolos. Tal prerrogativa veio diretamente e tão somente de Cristo. Mesmo em Atos 1, a decisão final daquele que ocuparia o lugar de Judas, foi deixada nas mãos do Senhor. "E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido" (Atos 1:24).


No Novo Testamento, nós também encontramos a mesma palavra Grega para "apóstolo" sendo usada para designar homens cujas igrejas escolheram para transmitir informações ou ajuda duma igreja para outra (II Coríntios 8:23; Filipenses 2:25; Atos 14:14; Apocalipse 2:2) Estes, portanto, não devem ser confundidos com os doze escolhidos pessoalmente por Cristo como Seus apóstolos.


O apóstolo Paulo desfrutou de um chamado único ou exclusivo. Embora ele não tivesse acompanhado Cristo durante Seu ministério público, ele viu Cristo ressuscitado e foi especialmente designado por Ele, como vemos em Gálatas 1:1, "Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)" Novamente Paulo explica; "e por derradeiro me apareceu também a mim, como a um abortivo" (I Coríntios 15:8.) Cristo chamou a Paulo mesmo depois da época da chamada dos apóstolos ter passado. Observe que Paulo foi o último de todos os apóstolos na terra a ver o Senhor Jesus de maneira visível, como uma testemunha de Sua ressurreição. Ninguém tem visto Cristo desta maneira desde então. Por isso, Pedro podia presumir que nenhum de seus leitores tinha visto o Senhor: "Ao qual, não o havendo visto amais, no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (I Pedro 1:8)


Ninguém, hoje em dia, que se advoga ser um apóstolo, preenche estas qualificações bíblicas. Da mesma forma, não temos nenhum dos apóstolos presentes para poder confirmar este chamado, como podemos ver quando Paulo foi recebido e reconhecido pelos mesmos (Gálatas 2:9). Vemos na igreja de Corinto, que um irmão com o dom de profecia, não falava e não era aceito sem que outros com o mesmo dom julgassem se o que foi dito vinha realmente da parte de Deus, sendo assim, como podem então estes que hoje dizem ser apóstolos serem julgados, sendo que não há mais apóstolos em nosso meio (I Coríntios 14:29.).


2- A Função deles. De acordo com Efésios 2:20, os apóstolos tiveram papel importante no desenvolvimento da Igreja Neo-Testamentária, que foi edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina." O papel deles incluiu pelo menos três funções. Primeira: A de serem testemunhas contundentes da ressurreição de Cristo, pois todos puderam vê-lo em Seu corpo ressuscitado. Segunda: A de receberem a revelação do mistério da Nova aliança, ou época da igreja, que seria composta tanto de judeus como de gentios (Efésios 3:1-10.). Os apóstolos foram os primeiros a entenderem esta verdade e a ensinaram para outros. Terceira: Eles foram inspirados a escrever a infalível Palavra de Deus ou Santas Escrituras, que as gerações posteriores poderiam ler. Todo o Novo Testamento foi escrito por um apóstolo ou por alguém diretamente ligado a um deles. Pouco antes de sua morte, o ultimo dos apóstolos que ainda sobrevivia, nos relata que este aspecto do trabalho deles foi completado de uma vez por todas (Apocalipse 22:18-19). Desde então, não temos mais nenhuma revelação que seja inspirada e genuína.


3- Sua Duração. O ofício de apóstolo foi temporário, pois seu trabalho estava limitado ao período de estruturação da igreja. O fundamento se faz necessário somente uma vez, e dali em diante, nós construímos sobre ele, pois não colocamos repetida e interminavelmente um fundamento. Não há lugar para apóstolos em nossos dias, pois o fundamento já foi há muito tempo completado. O cristianismo bíblico tem sido edificado sobre este fundamento por mais de 2000 anos. É uma coisa totalmente vergonhosa e arrogante, alguém ousar se colocar a si mesmo em pé de igualdade com Pedro ou Paulo e assumir o título de apóstolo hoje.


II. Profetas


1- Quem eram eles? O Novo Testamento não fala das qualificações deste ofício, mas os profetas são várias vezes mencionados em conexão com os apóstolos. "Profetas e apóstolos lhes mandarei" (Lucas 11:49); "edificados sobre o fundamento de apóstolos e profetas" (Efésios 2:20); "como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas" (Efésios 3:5.)


2- A Função deles. Os textos acima mostram que aqueles profetas compartilharam da estruturação da igreja junto com os apóstolos. Eles ensinaram as verdades divinamente reveladas, mas não foram instrumentos usados para escrever as Escrituras.
3- Sua Duração. Este dom estava relacionado ao fundamento ou estruturação da igreja, portanto, ele cessou juntamente com o dom de apóstolo, uma vez que este trabalho de estruturação foi completado e bem sucedido.


Na prática, hoje em dia, cada seita moderna tem o seu início por alguém que se auto-nomeou profeta ou apóstolo. Se acreditarmos na continuidade deste dom, nós não teremos um método seguro pelo qual poderemos refutar suas grosseiras heresias. Afinal de contas, quem vai discutir com um profeta!


III. O Dom de Línguas e de Interpretação


1- O que era ou em que consistia este dom. O verdadeiro dom de línguas consistia em falar uma língua ou dialeto o qual era anteriormente completamente desconhecido para aquele que falava, mas conhecido por algum grupo étnico daquela época. Havia conteúdo e um significado real nas palavras proferidas, e não mera balbuciação ou palavras e frases sem nexo. No dia de Pentecostes, "cada um os ouvia falar na sua própria língua." [literalmente !dialeto?] (Atos 2:6.) Além disto, enquanto Pedro explicava este milagre para a multidão, ele iguala o dom de línguas ao dom de profecias ao citar a profecia de Joel: "E também do meu espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão" (v.18). Novamente, I Coríntios 14:5 iguala o dom de profecia ao de línguas se houver intérprete, pois "o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação."


I Coríntios 12:30 refuta a idéia popular de que todo convertido falava em línguas. Mesmo em Corinto, Paulo pergunta; "falam todos diversas línguas? Interpretam todos?"
A idéia moderna de que há outro tipo de dom de línguas, ou a língua dos anjos, é simplesmente estranha as Escrituras e deve ser rejeitada. O dom que alguns dizem possuir, que não passa de balbuciação, não é o verdadeiro dom de línguas.


2- Seu Propósito. Um dos propósitos deste dom era mostrar ao Judeu que Deus estava julgando a sua nação. "De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis" (I Coríntios 14:22). Desde o tempo de Abraão, Deus tem falado para eles em Hebraico; mas agora, após a vinda de Cristo, Deus estava falando com eles em outras línguas, ou seja, as línguas dos gentios, para mostrar ao Judeu que o privilégio que eles tinham como nação chegara ao fim, pois os gentios também seriam participantes da aliança da graça. O fim da nação judaica ocorreu no ano 70 D.C, quando Jerusalém foi destruída. A partir daí, o sinal do julgamento, a saber, o dom de línguas, não era mais relevante nem necessário.


Um outro propósito para o dom de línguas, quando acompanhado do dom de interpretação, era o de edificar os convertidos no ajuntamento local. A interpretação de línguas, assim como o dom de profecia, serviram de forma direta para que a igreja recebesse "parcelas" da verdade. "Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" (I Coríntios 13:9). Deus concedeu estes dons temporários enquanto a igreja estava no estágio de menino, e precisava se alimentar com alimento adequado, mas este foi substituído por uma perfeita e completa revelação, quando o Novo Testamento se completou. "Mas, quando vier o que é perfeito [Literalmente, maduro, adulto, completo] então o que é em parte será aniquilado" (v.10). A Palavra de Deus escrita, é um alimento e uma dieta perfeitamente balanceada para os Cristãos de hoje. O falar em línguas hoje, iria nos confinar a um estado de perpétua infância.


3- Sua Duração. Desde que a função do dom de línguas, quando interpretada, era o mesmo que o de profecia, e que este cessou juntamente com o de apóstolos, o dom de línguas terminou da mesma maneira ou época. Isto foi exatamente o que Paulo falou para a igreja de Corinto que aconteceria; "o amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá" (I Coríntios 13:8). As línguas foram um bloco utilizado no fundamento da igreja, o qual foi completamente concluído nos tempos apostólicos. Ou, usando a analogia de Paulo, estes dons milagrosos pertenceram à época de infância da igreja, mas Deus nunca teve a intenção de que ela permanecesse para sempre neste estágio! "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, quando cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino" (v. 11).


O fato de encontrarmos em I Coríntios 14, um guia para o uso dos dons na igreja, não significa que eles permaneceriam para sempre. Além disso, essa orientação nem mesmo é seguida por aqueles que dizem possuir este dom hoje. Somente aos homens era permitido usar estes dons (v. 34), e se houvesse interprete, e não mais que três em cada culto, e também não deveriam fazê-lo de forma simultânea, mas um após o outro.


IV. Milagres e Curas


1- Quem tinha estes dons. Uma leitura cuidadosa do Novo Testamento revela que os apóstolos é quem geralmente exerciam estes dons. Por exemplo: "e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos" (Atos 2:43). "E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos" (Atos 5:12). Paulo podia dizer aos Coríntios; "os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas" (II Coríntios 12:12).


2- Seu Propósito. O propósito primário destes milagres era validar ou autenticar a autoridade dos apóstolos como mensageiros verdadeiramente enviados por Deus. Em Hebreus 2:3-4 lemos que a verdade da salvação ensinada por Cristo, "foi-nos confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade" Como foi nos dias de Moisés, assim também foi nos dias de Cristo e dos apóstolos, ou seja, os Judeus exigiam um sinal (I Coríntios 1:22) como prova de autenticidade, e Deus assim cuidou para que eles recebessem este sinal como prova.


3- Sua duração. Atos 8 nos indica que somente os apóstolos tinham o poder de transferir um dom miraculoso para outra pessoa, e esta pessoa não poderia transferi-lo a outrem. Filipe, o evangelista, pôde fazer milagres em Samaria (v. 6-7), mas os dons somente foram compartilhados com os novos convertidos depois que dois dos apóstolos vieram de Jerusalém (v. 14-19).


O dom de milagres cessou com a geração que veio depois da morte dos apóstolos.


Informações adicionais


A suposta capacidade de operar ou fazer milagres, não é uma garantia de que alguém está agindo pela verdade ou possua realmente vida espiritual. Os mágicos de Faraó copiaram os milagres feitos por Moisés. O homem do pecado em II Tessalonicenses 2:9-10 é descrito como aquele "cuja vinda é segundo a eficácia de satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem." Nosso Senhor ensinou que muitos no dia do julgamento irão reivindicar serem profetas e exorcistas de Cristo, mas que lhes será negada a entrada nos céus, pois eles na verdade são aqueles que "praticam a iniqüidade" (Mateus 7:22-23).


É realmente curioso que aqueles que professam possuir os dons apostólicos, raramente falam a respeito de certos dons arriscados, como o pegar em serpentes e tomar veneno (Marcos 16:18). O silêncio deles neste assunto é ensurdecedor.


Você poderia perguntar; Mas os dons não deveriam estar em operação em nossos dias, pois Jesus é sempre o mesmo? A resposta é que o Seu caráter essencial não muda, mas isto não significa que Ele faça exatamente as mesmas coisas aqui na terra em cada geração. Por exemplo: Nós não oferecemos animais em sacrifício como no Velho Testamento.


* * * * *
Para aqueles que poderiam argumentar, "Eu tenho minha própria experiência e não me importo com que a Bíblia ou alguém venha me dizer" Nós responderemos com as palavras de Isaías 8:20; "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles." As Escrituras estão acima de nossas experiências e sentimentos e o padrão para julgar as experiências e não o contrário.


Os dons apostólicos verdadeiramente voltaram? Não. Não há apóstolos nem dons apostólicos hoje. O fundamento da igreja já foi colocado, o Novo Testamento está completo e a nação judaica está espalhada, a necessidade deste ofício ou dos dons já passou. É certo que Deus pode fazer milagres, mas o dom de operar milagres não é dado hoje a ninguém.


Positivamente, as Escrituras têm algo para os salvos de hoje que é mais excelente do que os dons extraordinários que cessaram, e que a graça comum como a fé, a esperança e o amor é o que permanecem agora (I Coríntios 12:31; 13:8,13). Apesar de dizermos graça "comum", ela é na verdade sobrenatural, e Deus ainda premia os que a praticam. "Sem a santificação, ninguém verá ao Senhor" (Heb. 12:14). É hoje o nosso dever desejar e cultivar esta graça.


Autor: Pastor Daniel A. Chamberlin Covenant Baptist Church 500 W. College P.O. Box 741 Broken Arrow, OK 74013 (918) 251-5525 Tradução: Pastor Eduardo Cadete, Março 2004 Edição: Pastor Calvin Gardner, Abril 2004 Correção gramatical: Albano Dalla Pria 5/04Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LÍNGUAS TEVE SEU PROPÓSITO... HJ NÃO MAIS!


O Dom de Línguas
I Co 13


O assunto deste estudo bíblico é “O Dom de Línguas”. Está baseado na primeira epístola de Paulo aos Coríntios, capítulos 13 e 14.
v. 1 “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
v. 2 E ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
v. 3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
v. 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
v. 5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
v. 6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
v. 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
v. 8 O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
v. 9 Porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
v. 10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
v. 11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
v. 12 Porque agora vemos como por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
v. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”


O Dom de Línguas!
Primeiro se pergunta: que vem a ser tais línguas? Serão um ruído estranho que ninguém entende? O que é uma língua? Língua, alguém disse bem, é idioma; é sistema de palavras que exprimem pensamentos falados por um certo povo. Língua = idioma. Exemplos de línguas: o Inglês, o Alemão, o Português, o Chinês, o Árabe, o Latim. O latim, hoje, não é falado por um determinado povo; é uma língua antiga, arcaica. Mas não deixa de ser uma língua. É um sistema de palavras que exprimem pensamentos; sistema falado por um certo povo. Isso é língua. Tudo o que sai da boca em matéria de barulho é língua? Há gente que não sabe o que é uma língua! A razão porque muitos interpretam mal o “Dom de Línguas” é porque não sabem nem o que significa uma língua.
No dia de Pentecostes, Deus manifestou a presença do Espírito Santo através de milagre verdadeiro. Falaram-se línguas. Não se fez barulho incompreensível. Falaram-se línguas, idiomas.
Quereis ver? Atos 2:6-11.
v. 6. “E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
v. 7. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
v. 8. Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
v. 9. Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotamia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
v. 10. E Frigia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
v. 11. Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.”
(Edição Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original, versão da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil).


O que se fez no Pentecostes foi falar línguas. Línguas estrangeiras ou estranhas. A palavra “estranha” pode ter dois sentidos. Ela pode ter o sentido de “esquisito” e ela pode ter o sentido de “estrangeiro”. E muita gente pega o sentido errado da palavra. Acha que língua estranha tem que ser esquisita, indecifrável, não conhecida por qualquer povo ou nação.
É que o assunto da Bíblia é de línguas estrangeiras. “Línguas estranhas” na Bíblia são estrangeiras, línguas exteriores, de outros países. Não são línguas esquisitas, nem falsos idiomas, mas línguas verdadeiras, faladas por algum povo. Não são línguas de anjos. Não tome isso como uma coisa esquisita.
Paulo diz o “amor nunca falha” (I Cor. 13:8). “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;”
Interessantes as coisas que Paulo menciona como sendo temporárias, que vão desaparecer, que vão cessar. Ele coloca juntas três coisas que cessarão: línguas, profecias e ciência.
“Ciência” aqui deve ser entendida, não como o que entendemos hoje por ciência, ciência humana, ciência natural. Não. “Ciência” é sinônimo de “conhecimento”. É um dom do Espírito Santo, dom de um conhecimento sobrenatural. Aqui não se diz que a “ciência” vai cessar no sentido atual da palavra ciência. Pelo contrário, Daniel diz, neste sentido, que a ciência se multiplicará. Não está Paulo falando de ciências físicas ou naturais. Não está falando dos conhecimentos tecnológicos do mundo. Estes estão se multiplicando, não estão cessando. Aqui “ciência” é um dom sobrenatural de conhecer verdades que o Espírito Santo revela. Em outras palavras, aqui entram revelações, revelações especiais de Deus. E os três dons iriam cessar, disse Paulo, línguas, ciência e profecias.
A última profecia que eu encontro nas páginas da Bíblia é o Apocalipse. As profecias da Bíblia com o Apocalipse já são suficientes como revelação profética de Deus para o mundo. O Apocalipse fala do que está para acontecer; fala da grande tribulação que há de vir; do milênio, quando Cristo vai reinar durante mil anos sobre o planeta; fala dos novos céus e da nova terra; fala da eternidade. Não deixa margem para mais nada, além da Bíblia, que diz respeito ao futuro. Mais nada do que isso é necessário conhecer. Se todos compreendessem isso, não iriam acreditar em profecias posteriores ás da Bíblia como revelações de Deus: “revelações” outras supostas, como o Alcorão, que os maometanos ou muçulmanos usam como sua escritura sagrada, as chamadas profecias ou “revelações” de Joseph Smith, dos Mórmons, e outras. As profecias da Bíblia são suficientes .
Revelações? Quem tem revelações hoje? Geralmente são pessoas dadas ao ocultismo, ao espiritismo. Mesmo certos evangélicos acham que estão tendo revelações. E chegam a dizer: “Eu fui revelada”, ou “eu fui revelado”. Revelado do que? E quem te revelou? Foi o Espírito Santo? Atribuem tudo isso ao Espírito Santo. E, se a gente disser que isto não é bíblico, porque as revelações cessaram com a Bíblia, que a Bíblia é a ultima revelação de Deus aos homens, dizem ou dão o entender: “Você está blasfemando contra o Espírito Santo. Cuidado! Está dizendo que não é o Espírito Santo que revelou aquele sonho que eu tive? Isso é blasfêmia contra o Espírito Santo!” Outra má interpretação.
Paulo explica por que iriam cessar estas coisas. Isto está bem explícito nos versículos de I Cor. 13:9-13. Por que iriam cessar? A Bíblia diz por quê.
v. 9 “Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
v. 10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado”
(em outras palavras, isto que é parcial, incompleto, vai dar lugar aquilo que é perfeito ou completo. A palavra “perfeito” também pode ser traduzida por “completo”.).


Qual é o assunto aqui? Não é o conhecimento? Agora conhecemos como? De um modo parcial. Nós conhecemos de um modo incompleto. Conhecemos o que? Conhecemos aquilo que Deus quer revelar. O assunto é conhecimento da revelação de Deus. Esse é o assunto.
Irmãos, se todos compreendessem esta boa regra, este bom princípio de interpretação da Bíblia, bom princípio da hermenêutica, que consiste em interpretar o texto à luz do contexto, se todos conhecessem este princípio, fariam menos erros com a interpretação da Bíblia.
Nós temos que interpretar o versículo que trata daquilo que virá, como perfeito, à luz do assunto. Qual é o assunto? É a vinda de Cristo? Não. O assunto não é este. O assunto é conhecimento. Paulo está comparando conhecimento incompleto, com conhecimento completo. Agora temos conhecimento incompleto. Vai chegar o dia em que vamos ter o conhecimento perfeito. “Quando vier” o que é perfeito, ‘o’ perfeito, isso que é parcial será aniquilado. Isto é, quando viesse a revelação completa, a Bíblia completa, as revelações parciais cessariam.
Estas profecias, ou estes dons de revelações, ou de línguas, como as do pentecostes e outras, estes dons eram revelações parciais, incompletas, de Deus aos homens.


Deus não dizia ‘tudo’ através das línguas. Deus dizia ‘alguma coisa’ para a igreja. Mas chegaria o tempo quando Deus iria falar de uma maneira completa. Sim, eles tinham o Velho Testamento, na ocasião do Pentecostes, mas o Novo Testamento ainda não estava escrito. O livro do Novo Testamento não estava escrito. As Escrituras do Novo Testamento começaram a surgir depois da morte de Cristo, de sua ascensão, e se completaram antes de terminar o primeiro século, pelo que indicam os estudiosos da matéria.


O assunto é conhecimento. “Quando vier o que é perfeito ...”. Qual é o assunto? Conhecimento perfeito. O assunto é este, não a vinda de Cristo.


“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”


Aqui está uma ilustração de coisas que se têm na infância, para dar lugar às coisas que vem na maturidade. Na infância da Igreja, Deus usou de dons especiais do Espírito Santo: línguas, profecias, ciência. Mas eram dons verdadeiros. Nada de falsificação da parte do Espírito Santo. Ele produzia línguas de verdade, não falsas línguas. Mas mesmo estas coisas verdadeiras que eram dons do Espírito Santo na infância da Igreja, no começo da vida da Igreja, mesmo estes dons iriam dar lugar a uma revelação completa de um conhecimento perfeito: “Quando vier o perfeito, isto que é em parte será aniquilado”. Quando era menino eu agia como menino, agora que sou homem acabei com as coisas de criança.


Quem quiser ainda aqueles métodos que o Espírito Santo usou de revelação de Deus aos homens, está querendo voltar à infância da Igreja. Muitos querem repetir o Pentecostes hoje. Calvário não se repete. É uma vez para sempre. Assim Pentecostes também. E aqueles dons de línguas que se produziam não só na ocasião do Pentecostes, mas na ocasião em que Cornélio se converteu, na ocasião em que aqueles doze foram rebatizados, batizados de novo pelo apóstolo Paulo conforme nos diz o capitulo 19 de Atos, todas aquelas manifestações, eram da meninice da igreja. Agora a igreja está madura, e já tem o que é perfeito. Que é que faltava chegar como “perfeito” para a igreja? Qual era o próximo evento a esperar na época de Paulo? O assunto é conhecimento, não fujamos do assunto. O que faltava vir de perfeito era matéria de conhecimento. O que faltava vir? O Novo Testamento! A Bíblia completa!


Hoje a Bíblia está completa e temos o conhecimento completo, a perfeita revelação de Deus; porque procurar mais? Todos aqueles que estão procurando revelações fora da Bíblia estão dizendo, em outras palavras, que para eles a Bíblia não é suficiente, não é completa. Sim, porque se eu dissesse aos irmãos: “Eu tive um sonho, uma revelação. Atentem para o meu sonho, aquilo que Deus me mostrou, aquilo que Deus me revelou”, então eu estaria dizendo: “a Bíblia não é suficiente para os irmãos. Somem isso à Bíblia. Isso que eu tive de revelação de Deus acrescentem à sua Bíblia.” Viria um outro e diria: “Eu também tive um sonho. Acrescentem mais um à Bíblia.” Onde é que iríamos parar com essas revelações todas por aí? Onde caberiam as Bíblias que seriam escritas com todas as revelações que andam por aí, no espiritismo, e em certos cultos chamados evangélicos?


Para quem que conhece o grego, fica mais fácil compreender o assunto, porque o grego é bem claro. Quando se diz “quando vier o perfeito”, o artigo “o” não é masculino, como se o artigo se referisse a uma pessoa, do sexo masculino, como à pessoa de Cristo. Há os que pensam que quando Cristo vier, “quando vier o perfeito”, isto seria Cristo; quando Cristo voltar, só então vão cessar os dons de línguas. Mas Cristo não veio ainda. Então acham que precisam falar língua estranha, uma língua estranha no sentido de língua esquisita. Esquisita é. Mas estrangeira? Não! Não é idioma nenhum.
Agora no grego, o artigo “o” que está antes da palavra “perfeito”, não é um artigo masculino. É um artigo neutro. No grego isso se refere a coisa e não a pessoa, porque as pessoas, ou são do sexo masculino, ou são do feminino.
A língua portuguesa traz essa dificuldade. Quando se fala em “o”, que é artigo masculino, a gente pode interpretar como determinante de coisa ou de pessoa. E daí é a confusão. Mas no grego não há essa confusão. No grego, há palavras masculinas, femininas e neutras: artigos ou adjetivos masculinos, femininos e neutros. Para os artigos há também substantivos masculinos, femininos e neutros. Agora na língua portuguesa, tudo é ou masculino ou feminino, com raras exceções.
Eu não digo “a livro”, digo “o livro”. Livro é masculino, não é? Mas eu digo “a” Bíblia. Que acontece? A Bíblia mudou de sexo? Era masculina como livro e agora feminina como Bíblia? A língua portuguesa traz essas dificuldades. No grego não existe essa dificuldade.


Eu traduziria desta maneira, se eu fosse fazer a tradução do grego do v. 10. “quando vier aquilo perfeito”, “aquilo”. Não “aquele”, que é masculino, não “aquela”, que é feminino, mas “aquilo”, que é neutro, porque no português existem palavras no gênero neutro, como “aquilo”. Eu digo “aquele livro”, “aquela Bíblia”, “o que é aquilo?” Eu não falei, na tradução, “aquele” nem “aquela” mas “aquilo” porque é neutro, não é masculino nem feminino. “Quando vier ‘aquilo’ que é perfeito, aquela coisa perfeita, então o que é em parte será aniquilado. Não se trata de quando vier uma pessoa perfeita, Jesus. É claro que Cristo, perfeito também, vai voltar, mas aqui o assunto não é a vinda de Cristo. Nós temos que nos ater às regras de interpretações da Bíblia corretas. Interpretar o versículo à luz do que vem antes e do que vem depois, quer dizer à luz do assunto. O assunto aqui é “conhecimento”: conhecimento completo (perfeito) que virá em lugar de conhecimento incompleto (parcial, imperfeito).
“Agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face”. Agora eu vejo as coisas de uma maneira imperfeita, incompleta, deu a entender o apóstolo, porque os espelhos no tempo quando Paulo escrevia eram diferentes dos espelhos atuais. Eram meios de reflexão imperfeitos. Não traziam nítidas as imagens que eles refletiam. Se alguém olhasse para o seu rosto num espelho, naquele tempo, teria uma pálida idéia do que é a sua própria face, o seu rosto, porque os espelhos eram grosseiros. Hoje a gente vê perfeitamente o rosto, olhando por espelhos. Mas, naquele tempo da Bíblia, quem olhava para o espelho, tinha um enigma pela frente, tinha uma coisa a decifrar, teria que decifrar o que esta ali: É assim o meu rosto mesmo? Sim, ele viria como “em enigma”. Mas chegaria o tempo quando ele poderia ver face a face, ver com perfeição. É isso que Paulo está dizendo. E qual é o assunto? É o mesmo assunto: é “conhecimento”. Ele está apenas ilustrando: “Agora eu enxergo o imperfeito, mais tarde vou enxergar perfeitamente aquilo que Deus quer me mostrar”. Hoje temos meio de enxergar as verdades de Deus que eles não tinham: nós temos a Bíblia completa. Era como se Paulo dissesse: “Conhecerei plenamente como sou perfeitamente conhecido; os outros vendo-me face a face conhecem o meu rosto; eu só o vejo por espelho grosseiro.” Não houve espelhos como os de hoje.
“Agora conheço em parte”; olhe, o assunto é o mesmo. Paulo não o mudou: “agora conheço como? em parte” (quer dizer, de uma maneira parcial, incompleta). O assunto é grau de entendimento e extensão de conhecimento, não vinda de Cristo.
“Agora permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três” v. 13. “Agora permanecem a fé, a esperança, o amor”, quer dizer, os outros dons não vão permanecer, vão cessar. Quando? Quando a Bíblia for completa.


Hoje quando a Bíblia já está completa, permanecem, como dons do Espírito Santo, a fé, a esperança e o amor. São frutos do Espírito Santo. Porque quando o Espírito Santo habita no homem, produz fé, produz esperança, produz amor. O amor é um fruto do Espírito. Gal. 5:22, “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão, a temperança.”


Os batistas são acusados de não terem o Espírito Santo, porque nos cultos genuinamente batistas, tradicionais não se ouve o que se chama de línguas, e não se faz barulho. Geralmente, não há gente caindo, desmaiando, não há gritaria, choro contínuo, vozerias. Os cultos da igreja batista, dizem, são frios, silenciosos. Dê graças a Deus pelo silêncio. Imagine como eu iria falar, se todos estivessem fazendo ruído, barulho, ao mesmo tempo! Como iríamos examinar a Bíblia?
Qual é o fruto do Espírito no crente verdadeiro? Está aqui: “O fruto do Espírito é o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão, a temperança.” É justamente o contrário do que outros pensam. Eles acham que o Espírito Santo faz alguém sair do controle e cair em êxtase. (Êxtase é estado de pessoa fora de si, que já não se controla mais, que então age por emoções, de uma maneira estranha, ou falando disparadamente coisas indecifráveis, ou desmaiando, ou gritando). Acham que isso é ser usado pelo Espírito Santo. E a Bíblia diz que é o contrário: o fruto do Espírito Santo é domínio próprio. A pessoa que tem o Espírito Santo tem domínio próprio; ela se domina; é temperante, equilibrada; não fica fora de si, entregue a espíritos malignos.


Eu tinha um amigo, que embora não fosse desse grupo, dos carismáticos assim chamados, perdia o controle quando ele ficava nervoso ou era contrariado. Parece-me que uma vez tomou de um prato e o atirou no chão, quebrando-o. Isso é falta de controle.
Eu soube de um homem que, quando perdeu a mãe, ficou num descontrole emocional tão grande, que chorava e puxava os cabelos. Isso é falta de controle.
Quem tem o Espírito Santo, não se descontrola.
Quando perdi minha mãe, continuei em pleno controle. Claro que chorei, com as saudades que eu tinha dela. Ela morreu dizendo, como as últimas palavras, quando teve o seu infarto: “Meu Amado Jesus, Meu Amado Jesus”, na língua Árabe, e eu a entendi. Foram as últimas palavras dela. Nos seus funerais, eu contei isso a um pregador, que ficou satisfeito com o testemunho dela, pois ela morreu pensando em Cristo.
O partir do crente deixa saudades, mas não deixa amargura. Senti a partida da nossa querida irmã Nadir. Quando soube do fato ontem, lembrei quanto ela fez por mim em ofertas repetidas. Ela me deixa saudades. Mas a sua partida não deve causar amargura, nem ao seus familiares, nem revolta contra Deus. “O Senhor a deu, o Senhor a tomou, bendito seja o nome do SENHOR!”.
O fruto do Espírito é domínio próprio em todas as circunstâncias. O crente verdadeiro se domina, se controla, tem poder para isso, porque tem o Espírito Santo morando nele.
O Espírito Santo não derruba ninguém, creio. Como regra, pelo menos. Ele levanta o caído, ergue o homem abatido.
Estamos falando sobre o Dom de Línguas. Existe este dom hoje? Vamos ser claros. Eu não posso acreditar que exista, porque a Bíblia diz que ia cessar, quando viesse aquele conhecimento completo. E já veio. Que poderia a igreja esperar naquele tempo, de perfeito e completo, que estava para vir em matéria de conhecimento? É a escritura do Novo Testamento. Há quase 2 mil anos a Bíblia está completa, meus caros.
Hoje, muitos religiosos querem ser pentecostalizados. Querem repetir o Pentecostes. Só que através de falsidades e falsificações. E o espírito falsificador jamais seria o Espírito Santo.
Tratemos com amor aqueles que ainda estão iludidos, porque o diabo é um grande enganador. Esses dons falsos, dons que se dizem do Espírito Santo, estão sendo produzidos em certas igrejas chamadas evangélicas (e mesmo entre grupos de católicos chamados carismáticos?) Como estão sendo produzidos esses falsos dons? Dizemos isso, com respeito, aos nossos amigos católicos, e outros chamados evangélicos, tais fenômenos se produzem no espiritismo ou no ocultismo, e também no ocultismo africano. Já soube de tribos africanas que apresentam o mesmo fenômeno de glossolalia, ou seja o falar estranho, como sendo algo sobrenatural, milagroso, espantoso, que comove tanta gente.
Vou contar a história de um moço que entrou no meu consultório, trazido por um policial. Entrou, sendo do grupo pentecostal, de uma igreja pentecostal, falando naquele estilo estranho, muito a gosto de pentecostais. Entrou bêbado e produzindo aqueles sons disparados, desconexos, que ninguém entendia. Eu até chamei a atenção a um irmão que estava presente, da nossa igreja batista em Ubirajara: “esse é um ‘dom de língua’ (aqui no bêbado que está sendo trazido pela polícia). De tão embriagado, foi-me trazido para que eu, como médico, tratasse do caso. Que coisa estranha! Seria tal fenômeno produzido pelo Espírito Santo? Ou através do “espírito do álcool” ou de espírito maligno? Não, o Espírito Santo não falsifica nada. Ele é verdadeiro.
“Todo o dom, e toda a dádiva perfeita, vem do Pai das luzes” (Tiago 1:17). Tudo o que Deus faz é perfeito, é santo e bom. Então, cuidado! Igrejas estão se tornando pentecostais. Estão crescendo muito em número, porque atraem muita gente que gosta de ver sinais. Mas sejamos cuidadosos. Fiquemos com a Bíblia, com a Palavra de Deus. É revelação perfeita, completa, suficiente, nas palavras que Deus quis revelar aos que O amam (Deut 29:29).
Se queremos conhecer a vontade de Deus, não procuremos sonhos ou revelações. Eu sonhei que já morri e já vi o meu corpo num caixão. Isso há anos, e até agora estou vivo. Não, não pense que todo o sonho atual é sonho de revelação. Houve sonhos pelos quais Deus se revelou, no passado, sim, quando a Bíblia não estava completa. Um anjo falou a José em sonho (Mat. 1:20). No Velho Testamento também houve sonhos, como os de Faraó, que José interpretou, mas eram revelações esporádicas. Não eram sonhos que se repetiam, enchendo a Bíblia toda, não. Eram coisas raras, esporádicas, em ocasiões de muita necessidade, sonhos que tinham sentido edificante; tinham razões de urgência. Cuidado, meus amigos! Fiquemos com a Bíblia. Ela é a revelação de Deus completa para nós em matéria de palavras. Pois Deus também se revela na natureza e em fatos (Romanos 1:18-20).
Ao completar-se a Bíblia, já veio algo de perfeito, que torna dispensáveis, desnecessárias as revelações parciais, como profecias, ciência ou conhecimento sobrenatural, e revelações por meio de línguas estrangeiras. Estas formas de revelações, parciais, incompletas, usadas por Deus no passado, deram lugar à Bíblia, revelação escrita completa, de Deus para o homem. Antes, o homem de Deus conhecia em parte, incompletamente. Agora, chegada a revelação perfeita, ele pode conhecer plenamente, em cheio.
É esclarecedora a ilustração do apóstolo Paulo: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, mas logo que cheguei a ser homem acabei com as coisas de menino.” I Cor. 13:11.
Assim também, na infância da igreja, ela tinha revelações próprias a uma criança. Agora, que já tem maturidade suficiente pela Bíblia, para o conhecimento completo da revelação de Deus, do que é necessário saber, agora, ela pode dizer que acabou com as coisas da infância. Já veio algo de perfeito, completo: a Bíblia completa. Agradeçamos a Deus, porque agora podemos conhecer plenamente aquilo que Deus nos quis revelar.
Assim cremos que no capitulo 13, dos versículos 8 a 13, Paulo comparou, “conhecimento incompleto ou parcial”, com “conhecimento pleno, perfeito”. Passou o que era parcial. Agora, estamos perante a possibilidade de um “conhecimento pleno e completo” da vontade revelada de Deus: a Bíblia perfeita, a Bíblia que é a revelação completa em palavras para as gerações posteriores, não deixando lugar para mais revelações adicionais.
Paulo colocou juntas três formas de revelações que iriam cessar: profecias, dons de línguas e de ciência, ou de conhecimento sobrenatural. Assim como não cabem mais profecias, depois da Bíblia, também não cabem outros tipos de revelações, por meio de línguas ou de ciência sobrenatural.
Não devemos pois acreditar, como revelações de Deus, as que vieram posteriormente, como o Alcorão, usado como escritura sagrada pelos muçulmanos; nem como o Livro de Mormon, usado como revelação equivalente à Bíblia, dos chamados Santos dos Últimos Dias, ou Mórmons; nem devemos aceitar, como vindas de Deus ou do Espírito Santo, as pretensas revelações dos centros espíritas, ou mesmo de certas igrejas chamadas evangélicas, agora que temos a revelação escrita, de Deus, pelo Espírito Santo, sim, a Bíblia, a Bíblia Sagrada.
A Bíblia mesma fala de revelações de procedência maligna. Em Atos 16:16-18, narra-se o fato de uma jovem que tinha o espírito de adivinhação e que, seguindo a Paulo, clamava dizendo: “Estes homens, que vos anunciam caminho de salvação, são servos do Deus Altíssimo.” Porventura essa revelação não era verdadeira? (Verdadeira sim. Eles eram servos mesmo do Deus Altíssimo). Mas qual a sua procedência? Por acaso veio de fonte divina? Certamente que não. Paulo voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.”
No evangelho de Marcos 3:11, se declara que os espíritos imundos, quando viam Jesus, prostravam-se diante dEle e clamavam dizendo: “Tu és o Filho de Deus.” Porventura não era uma revelação verdadeira? Verdadeira sim. Mas, de que procedência? Dos espíritos imundos.
Cuidado pois, caro ouvinte, não aceitar como revelação de Deus hoje, quando temos a Bíblia completa, como perfeita revelação de Deus, não aceitemos hoje outras revelações fora da Bíblia como provenientes de Deus ou do Espírito Santo, pois se o Maligno falava até certas verdades, para depois acrescentar falsidades e erros, para desviar da verdade aos ouvintes, será que as forças malignas deixaram de agir hoje nesse sentido? Cuidado! irmãos e amigos! Fiquemos com a Bíblia. É muito inseguro e arriscado aceitar outras revelações fora desse Livro Sagrado: A Bíblia. Inspirada sim pelo Espírito Santo, para o nosso proveito, é suficiente, bem suficiente, para nos levar a conhecer tudo que Deus queira que nós conheçamos na vida espiritual, como revelação em palavras.
Passemos a I Cor. 14:1-40. Pois o estudo sobre o Dom de Línguas ainda continua nesta seção da Bíblia.
Para bom entendimento, convém que o ouvinte permaneça com a Bíblia aberta nesse capítulo 14, e procuraremos fazer a interpretação de cada versículo a seguir:


Apresentarei as lições que eu pude colher, segundo o meu entendimento, para cada versículo:
v.1. Não procurar hoje os dons que cessariam com o término da revelação, pelos escritos do Novo Testamento.
v.2. O que fala em língua, idioma estrangeiro, não fala aos homens. Ninguém a entende se a língua é estrangeira, só Deus. Nem o locutor a entende. Se entendesse não necessitaria de intérprete. Em espírito, no Espírito Santo, segundo creio, fala com a boca, não de modo misterioso, ininteligível, mas expressa, em palavras verdadeiras, revelações de Deus, em idioma estrangeiro. “Fala mistérios”, mas não misteriosamente, em língua misteriosa. Desvenda mistérios (o que era antes encoberto).
v.3. O que profetiza, fala diretamente aos homens, não somente a Deus, para edificação, exortação e consolação.
v.4. O que fala em língua estrangeira, edifica-se a si mesmo, e não a outros. Edifica-se como? se não entende o que diz? Edifica-se, fortalecendo-se espiritualmente, com sentimentos positivos de alegria, satisfação, fé no doador de língua estrangeira. Com a alegria por ser contemplado como um recipiente de bênção divina. Não edifica a igreja enquanto não houver intérprete. Os falsos produtores de ruídos, falsas línguas, também não edificam a igreja, nem no presente nem em futuro algum, pois não terão intérprete verdadeiro. Talvez tenham alguma emoção, mas baseada em falso, em ilusões. Se o que fala em língua estrangeira não edifica a igreja por falta de interprete, muito menos edificaria a igreja o falso produtor de língua falsa.
v.5. Quem profetiza é maior do que o que fala em língua verdadeira, porém estrangeira, a não ser que a intérprete para a edificação da igreja.
v.6. Se eu falar em línguas, mesmo verdadeiras, de que aproveitaria ao ouvinte se não for por revelação de Deus, ou de conhecimento, ou de profecia, ou de ensino? Que adiantaria falar, mesmo inteligivelmente, de assuntos vaidosos?
v.7. Até flautas e cítaras devem produzir notas musicais distintas, para se conhecer que música é apresentada. Assim o falar em língua deve ser claro, expressivo.
v.8. Para preparar soldados a batalha, até a trombeta deve emitir sonido claro, definido, certo.
v.9. Assim o falar em línguas verdadeiras, exige também dicção clara, inteligível, e não ruídos que ninguém pode interpretar e entender.
v.10. Há diversas vozes humanas, falas humanas, verdadeiras (em idiomas), e todas com significação, com sentido, pois são expressões do pensamento, e não ruídos sem significação. São idiomas, línguas de verdade.
v.11. Se eu não souber o significado da fala verdadeira, é por ser eu estrangeiro para o orador, e ele estrangeiro para mim.
v.12. Procurar dons para edificar a igreja. As falsas línguas porventura a edificam?
v.13. Se é para orar, para poder interpretar a língua estrangeira, é porque esta é idioma de verdade e não ruído sem sentindo e idioma nenhum.
v.14. Se eu orar em língua estrangeira, o meu espírito ora sim, em língua verdadeira e estrangeira, mas como não entendo tal língua verdadeira, o meu entendimento fica infrutífero, nada produz de útil, nem para mim nem para os outros.
v.15. Para orar em espírito e com entendimento, devo fazê-lo na língua que eu entendo, ou que tenha correta interpretação, português, por exemplo. Assim também o cantar. Devo cantar com boa dicção, em minha língua para entender e para ser entendido. E mesmo na minha língua, devo orar com lógica.
v.16. Se tu bem disseres com o espírito, isto é, somente com o espírito, mas não com lógica e entendimento também, como dirá “AMEM”, assim seja, o indouto que não conhece a língua estrangeira? Ou o que dizes, sem lógica, mesmo em tua própria língua?
v.17. Tu dás bens as graças, na língua estrangeira, mas o outro não é edificado, se a língua não for traduzida; ou se na tua língua não o fizeres de modo inteligível.
v.18. Falo em línguas verdadeiras estrangeiras, como grego e latim, provavelmente, e no meu idioma de nascimento.
v.19. Quero falar poucas palavras de língua que entendo, para que possa ensinar algo útil aos outros, e não dez mil palavras em língua, verdadeira embora, mas estrangeira, que nem eu nem os outros entendam a não ser que se interprete.
v.20. Procuremos entender o que se fala.
v.21. Por homens de outras línguas verdadeiras, e por lábios estrangeiros, por línguas estrangeiras, falarei a este povo. Trata-se de idiomas de povos estrangeiros, não de línguas dos anjos, ou de ruídos estranhos, sem significação nenhuma.
v.22. A língua estrangeira era um sinal, algo milagroso, para convencer os ímpios do caráter divino do Evangelho que era pregado. A profecia se destina aos crentes que não precisam ser convencidos por milagres ou sinais que apresentem o Evangelho.
v.23. Se todos falarem em línguas verdadeiras mesmo, mas estrangeiras, e entrarem ignorantes de tais idiomas, não dirão que os oradores estão malucos? Pois não estariam sendo úteis.
v.24 e 25. Se todos profetizarem sem linguagem estrangeira, por todos é convencido o visitante, e este adorará a Deus, uma vez convencido da verdade sobre Deus.
v.26. Que fazer? Faça-se tudo para a edificação dos outros, e de si próprio. Esses ruídos modernos, línguas falsas, acaso edificam alguém?
v.27. Que haja ordem e intérprete também.
v.28. Se faltar intérprete, cale-se o que tem o dom de falar língua verdadeira estrangeira, e fale consigo e com Deus, consigo e com Deus, se for língua estrangeira, que só ele e Deus entendam, ou somente com Deus se só Deus entende.
v.32. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas, isto é, creio eu, os profetas podem dominar o seu espírito, não perdem o domino próprio, caindo em êxtase. E, por isso, porque Deus não é Deus de confusão (v.33), todos podem profetizar, um por vez, (v. 31) e fazer tudo com decência e ordem (v 40).
Mas minha conclusão, em tudo que foi dito, é que hoje, com a revelação e o material de conhecimento pleno, perfeito, a Bíblia, que já veio, as línguas como dons do Espírito Santo já cessaram. I Cor. 13:8.


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